O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) anunciou, nesta quarta-feira (20), que em nenhum momento foi ventilada a hipótese do retorno presencial das aulas apenas em 2021, como foi declarado nesta manhã pelo governador Romeu Zema (Novo), em entrevista à rádio Itatiaia. Para o órgão, “tal declaração, a exatos 234 dias do término do ano, é absolutamente precipitada”.
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Após a repercussão de sua fala, o chefe do Executivo estadual disse em uma rede social que "as aulas continuam suspensas e não há previsão de serem retomadas". A medida extrema seria uma alternativa adotada pelo governo do estado a fim de evitar a propagação do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
“Nós não sabemos o desenrolar da crise, mas pode ser que mês que vem já esteja disponível uma vacina. Acho pouco provável. Já está comprovado que as crianças são pouco afetadas pelo vírus. Mas elas levam o coronavírus para dentro de casa. São quase que imunes, mas acabam transmitindo para os pais e avós. Então, neste momento, acho que não seria nem um pouco adequado. Estaremos acompanhando, mas a previsão é de que isso não seja feito tão cedo”, disse Zema à Itatiaia.
Reunião
O Sinep-MG também informou que, em 15 de março, três dias antes do anúncio da suspensão das atividades escolares no estado, foi chamado para uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria de Estado de Educação e demais entidades educacionais para esclarecer as estratégias de enfrentamento do setor diante da pandemia da COVID-19.
Após a reunião, o órgão foi notificado de que foi definida a suspensão das aulas por tempo indeterminado, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa