A reabertura do comércio de Belo Horizonte deve começar já na próxima segunda-feira (25). Conforme áudio do presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas da capital mineira (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, ao qual o Estado de Minas teve acesso, a flexibilização do isolamento social será dividido em três fases e atualizada a cada sexta-feira. As outras duas aberturas estão previstas para 1º e 8 de junho. Uma outra reunião estava marcada para esta quinta-feira para tratar sobre quais atividades devem ser reabertas, inclusive bares, restaurantes e shoppings.
Além disso, as atividades devem ser reabertas com restrições de horários, que serão definidas pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, em conjunto com a de Desenvolvimento Econômico.
Em contato com a reportagem, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato, confirmou que a prefeitura vai anunciar uma flexibilização nesta sexta. Ele não quis dar detalhes.
Conforme Silva, a reabertura está condicionada aos índices de transmissão do vírus na capital e à ocupação de leitos de UTI e enfermaria para COVID-19.
Na noite dessa terça-feira, quando integrantes do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 de Belo Horizonte se reuniram, segundo a CDL/BH, a taxa de transmissão era de 1,09; e as ocupações eram de 47% e 30%, respectivamente. Os números eram da situação de segunda-feira (18).
Dados da Prefeitura de Belo Horizonte, atualizados nesta quinta-feira (21), referentes ao quadro de quarta, apontam que a taxa de ocupação de leitos de UTI voltados à COVID-19 é de 40%, enquanto de leitos de enfermaria era de 34%.
A administração municipal ainda informou que só divulgará o índice de transmissibilidade atualizado nesta sexta-feira, em entrevista coletiva.
Na prática, os índices de ocupação de leitos e transmissibilidade são divididos em três cores: verde (quadro favorável), amarelo (alerta) e vermelho (situação desfavorável).
Quanto à ocupação dos leitos, BH está classificada na cor verde, já que as taxas, tanto para os de enfermaria quanto para os de UTI, são menores que 50%. Entre 50% e 70%, o quadro é de alerta. Acima de 70%, já se torna vermelho.
Já o índice de transmissibilidade é considerado verde entre 0 e 1; amarelo entre 1,0 e 1,2; e vermelho acima de 1,2. O último divulgado coloca a cidade em estado de alerta (amarelo).
Para que o nível de alerta geral seja considerado favorável, ou seja, verde, é preciso que esses três parâmetros fiquem na cor verde.
Em coletiva marcada para as 14h desta sexta-feira, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), vai dar mais detalhes sobre a reabertura do comércio na cidade.
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz