Enquanto não há consenso sobre quando as aulas vão retornar, e como isso vai acontecer, a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida, garantiu que as atividades presenciais nos campi da UFMG só vão acontecer quando surgir uma vacina contra a COVID-19.
"Para retomar aquele estado que nós estávamos, todo mundo em sala de aula, todo mundo circulando pelo campus, só vai acontecer quando tiver uma vacina. Não há possibilidade de acontecer de outra forma", disse a reitora em entrevista à rádio CBN BH.
"Esse vírus é virulento. O que nós chamamos de imunidade de rebanho (quando uma pessoa imunizada se transforma em vetor e passa determinados anticorpos a outras pessoas desprotegidas) não vai acontecer tão cedo. A vacina no exterior, como nós acompanhamos nessa semana, só deve chegar no final do ano", argumento Sandra Regina Goulart Almeida.
A reitora também ressaltou que a Federal mineira tem reunido esforços para encontrar um imunizante contra o novo coronavírus. "Aqui no Brasil, a UFMG é a universidade que está fazendo pesquisas sobre a vacina. A previsão dos nossos cientistas é que isso aconteça no meio do ano que vem", pontua.
Discussões
Nesta quinta-feira (21), as pró-reitorias acadêmicas e as câmaras do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) começaram a discutir uma possível retomada das atividades na UFMG. Oficialmente, a universidade garante que o semestre não será cancelado.
Em depoimento ao site da UFMG, a reitora Sandra destacou que o retorno obedecerá aos "critérios de qualidade e inclusão". Também afirmou que haverá diálogo entre as lideranças da universidade, professores, alunos e pesquisadores.
A tendência é que haja ampliação da oferta de aulas à distância.
Desde o início da pandemia, a UFMG criou um comitê para tomar medidas que circundam o novo coronavírus. Esse agrupamento participa das discussões sobre o retorno das aulas, a partir da elaboração de "protocolos sanitários gerais".
A universidade também informou que trabalha para ampliar o acesso à internet e às ferramentas acadêmicas por parte dos professores e estudantes.
Esclareceu, ainda, que já solicitou à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação "recursos adicionais de capital para fazer frente às necessidades de melhoria de infraestrutura".