Em época de pandemia de novo coronavírus, muitos gastos foram cortados, mas um que as pessoas continuam a ter é a compra de medicamentos. Dados do mercado mostram que a população continua adquirindo em grande ritmo e, em alguns casos até mesmo aumentou a procura de produtos ligados à COVID-19, como vitaminas, antigripais e produtos de higiene e proteção.
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Reabertura do comércio em BH: quais serão as ações de fiscalização?Flexibilização em BH: 30 mil pessoas retornaram ao trabalho nesta segunda-feiraPopulação adere ao uso de máscara em primeiro dia de flexibilização do isolamento em BHGoverno de Minas estima que infecções podem se prolongar por 2 anosMG: Lei permite denunciar violência doméstica por meio da internetQuilombo do Açude adia candombe em homenagem à Nossa SenhoraOutro ponto relevante é que os clientes compram, em média, mais de três produtos por visita às farmácias. Essas compras possuem um ticket médio nacional de R$ 55,04. Além disso a mesma pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados, 86,7%, não costuma pesquisar preços em outros estabelecimentos. Contudo, 64,4% desses entrevistados apontaram o preço como fator decisivo para a escolha de uma farmácia.
"Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais", explica Reinaldo Domingos, educador financeiro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN).
Para auxiliar os consumidores, o educador financeiro Reinaldo Domingos elencou orientações sobre como economizar:
1. Pesquise preços
Não é hora de ir a diferentes farmácias, mas a maior parte delas fornece valores pela internet ou mesmo aplicativos e WhatsApp. É interessante pesquisar, pois os preços são realmente muito diferentes, sem contar que uma drogaria pode cobrir o preço da concorrência. Parece besteira, mas a grande parte das pessoas não realiza essa pesquisa, vai apenas na farmácia de costume. Aconselho que o consumidor faça um cadastro de fidelidade, pois a prática pode resultar em descontos futuros. Consultar comparadores de preços on-line também é uma boa saída.
2. Cuidado com as armadilhas
Mais até mesmo que os supermercados, as farmácias estão planejadas para levar as pessoas a comprarem mais, todo seu trajeto em uma farmácia, principalmente nas grandes redes levam à compra de produtos sem necessidade, principalmente medicamentos isentos de prescrição. Compre somente o necessário e evite produtos que não são seu foco e que não sejam os produtos fins das drogarias, como balas e chocolates, pois geralmente poderia comprá-los no outro lado da rua pela metade do preço.
3. Prefira genéricos
Na grande maioria das vezes, os medicamentos genéricos são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar por essa alternativa e, quando o médico for elaborar a prescrição, solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre laboratórios, pois os preços são variados.
4. Cadastre-se no programa Farmácia Popular
Muitas farmácias possuem um programa governamental chamado Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita – que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a identidade para conseguir pegar medicamentos com desconto.
5. Utilize programas de fidelidade
A maioria das farmácias possui programas de fidelidades que oferecem benefícios aos clientes. Além disso, existem os programas dos laboratórios – faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%. Veja também se sua empresa, plano de saúde, sindicato ou associação de classe profissional não faz parceria com alguma rede.
6. Remédios gratuitos pelo SUS
É possível retirar gratuitamente alguns medicamentos disponibilizados pelo Ministério Público em Unidade Básica de Saúde (UBS), desde que com a receita e o documento de identidade em mãos. Lembrando que no meio da pandemia há casos de agendamento prévio e a possiblidade de terceiros retirarem com uma procuração.