O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), declarou, nesta quinta-feira (28), em entrevista ao Jornal da CBN, que “testes não salvam vidas, são apenas termômetros”. Quando questionado sobre as possíveis subnotificações do novo coronavírus no estado, ele garantiu que não tem dinheiro para investir em mais testes e, por isso, prefere acreditar em estratégias mais concretas, como a disponibilidade de leitos de UTI e respiradores mecânicos.
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Em entrevista concedida ao Estado de Minas, nessa segunda-feira (25), o chefe do Executivo estadual afirmou que "a situação de Minas ainda é segura”, mas garantiu que “vamos assistir a um aumento de casos, mas tudo dentro do controle”. Para ele, “não podemos ter mais pessoas necessitando de atendimento do que leitos, mas estamos longe dessa situação”.
Defasagem nos registros
Segundo o mais recente boletim do coronavírus divulgado pela saúde estadual, Minas Gerais contabiliza mais de 8 mil casos e 255 mortes em decorrência da infecção. O estado, no entanto, precisa lidar com a demora na transferência dos números sobre óbitos para a base de dados oficial. Os registros têm chegado à plataforma do governo cerca de uma semana após serem lavrados em cartório.
Zema admitiu o problema e disse que o Executivo trabalha para encurtar o prazo. “O ideal seria que tivéssemos todos os casos em tempo real, mas temos de lembrar que, muitas vezes, há um óbito em uma região remota do estado, o teste precisa ser encaminhado, leva tempo para chegar e, depois, leva tempo para a resposta. Já solicitei que esse tempo seja encurtado. Uma semana é um prazo muito longo, podendo, sim, prejudicar nossas decisões”, assegurou.
Ajuda financeira
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, nesta quinta-feira (28), o projeto de socorro financeiro para estados e municípios, que sofreram queda vertiginosa na arrecadação durante a pandemia do novo coronavírus. Ao todo, R$ 60 bilhões serão repassados, sendo quase R$ 3 bilhões somente para Minas Gerais.
O montante será dividido em quatro meses, o que vai ajudar a cobrir 40% da queda de arrecadação registrada no estado desde o início da pandemia. Zema declarou, na segunda-feira, que o auxílio do governo “está longe de resolver o problema de caixa, pois a queda na arrecadação foi muito maior”. E emendou: “Ainda teremos muitos problemas nos próximos meses”.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina