
Segundo o boletim epidemiológico divulgado na manhã desta quinta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), são mais 8.686 casos confirmados e 255 mortes em todo o território estadual. Mas a média é de 95 testes para 100 mil habitantes, número baixo se comparado a São Paulo (200 por habitante), estado com maior população e epicentro da doença no país.
De acordo com Zema, não há dinheiro para testar amplamente a população, mesmo as pessoas que não procuram os hospitais.
Em entrevista concedida ao Estado de Minas, nessa segunda-feira (25), o chefe do Executivo estadual afirmou que "a situação de Minas ainda é segura”, mas garantiu que “vamos assistir a um aumento de casos, mas tudo dentro do controle”. Para ele, “não podemos ter mais pessoas necessitando de atendimento do que leitos, mas estamos longe dessa situação”.
Defasagem nos registros
Segundo o mais recente boletim do coronavírus divulgado pela saúde estadual, Minas Gerais contabiliza mais de 8 mil casos e 255 mortes em decorrência da infecção. O estado, no entanto, precisa lidar com a demora na transferência dos números sobre óbitos para a base de dados oficial. Os registros têm chegado à plataforma do governo cerca de uma semana após serem lavrados em cartório.
Zema admitiu o problema e disse que o Executivo trabalha para encurtar o prazo. “O ideal seria que tivéssemos todos os casos em tempo real, mas temos de lembrar que, muitas vezes, há um óbito em uma região remota do estado, o teste precisa ser encaminhado, leva tempo para chegar e, depois, leva tempo para a resposta. Já solicitei que esse tempo seja encurtado. Uma semana é um prazo muito longo, podendo, sim, prejudicar nossas decisões”, assegurou.
Ajuda financeira
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, nesta quinta-feira (28), o projeto de socorro financeiro para estados e municípios, que sofreram queda vertiginosa na arrecadação durante a pandemia do novo coronavírus. Ao todo, R$ 60 bilhões serão repassados, sendo quase R$ 3 bilhões somente para Minas Gerais.
O montante será dividido em quatro meses, o que vai ajudar a cobrir 40% da queda de arrecadação registrada no estado desde o início da pandemia. Zema declarou, na segunda-feira, que o auxílio do governo “está longe de resolver o problema de caixa, pois a queda na arrecadação foi muito maior”. E emendou: “Ainda teremos muitos problemas nos próximos meses”.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina