As macrorregiões de Centro e Leste do Sul avançaram, nessa quarta-feira (27), para a onda amarela, que corresponde à segunda fase do programa de retomada da economia proposto pelo governo do estado, o Minas Consciente. Desse modo, 154 cidades foram autorizadas a reabrir livrarias, papelarias e lojas de roupas e calçados. O programa mineiro visa o retorno gradual e coordenado das atividades comerciais nas cidades durante o período da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
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Juiz de Fora adere ao programa Minas Consciente e libera parcialmente comércios e serviços'Minas Consciente': entenda como funciona o programa para reabrir o comércioGoverno lança 'Minas Consciente', mas pede para população não sair às ruasFlexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quêTrabalhadores contaminados fazem explodir casos de COVID-19 em MarianaCOVID-19: Brasil tem recorde de novos casos em 24h e ultrapassa 26 mil mortesOutra alteração acertada durante a reunião foi o avanço da macrorregião Sul da onda verde para a onda branca. A evolução permite a reabertura de lojas de artigos esportivos e eletrônicos, autoescolas e floriculturas. As macrorregiões Noroeste, Norte e Centro-Sul também seguem na mesma onda, já que a situação dos leitos de UTI está controlada, mesmo após a primeira leva de reaberturas. As demais regiões devem manter os protocolos da onda verde.
De acordo com o governador Romeu Zema (Novo), o momento ainda é delicado e, por isso, a população deve continuar agindo com cautela, respeitando as medidas de proteção recomendadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
“Até o momento, a situação de Minas Gerais é de segurança, mas vale lembrar que, nos últimos sete dias, tivemos um aumento no número de novos casos confirmados e também de ocupação de leitos de UTI, com 8,5% deles ocupados com doentes por COVID-19. A minha recomendação é que não baixemos a guarda”, alertou.
“Temos que continuar fazendo tudo que está ao nosso alcance para evitar a disseminação da doença. Mantenham o uso de máscara, o distanciamento de dois metros, as medidas de higienização, porque o coronavírus ainda está no meio de nós e a qualquer momento, se descuidarmos, pode vir um aumento acentuado de contaminação”, completou.
Para o chefe do Executivo estadual, a postura adotada pelo povo mineiro, até o momento, é de comprometimento e, isso, é fundamental para o controle da pandemia em todo o território mineiro, além de regular a liberação de mais áreas incluídas no Minas Consciente.
“O mineiro tem se comportado de forma prudente e adequada. Temos de levar esse trabalho adiante. Vale lembrar que estamos acompanhando toda a ocupação de leitos de UTI nas diferentes regiões do estado, assim como a evolução dos casos. Dessa forma, temos como programar a liberação de novas ondas do programa Minas Consciente ou o recuo, de acordo com os resultados semanais. Vencemos as batalhas até o momento, mas isso não significa que teremos mais facilidade pela frente. A tendência, com base no que observamos em outros países, é que os números possam aumentar”, declarou.
Classificação
O plano Minas Consciente agrega dados econômicos e de saúde pública que resultam em orientação para que as prefeituras possam tomar a decisão “responsável, segura e consciente”, diz a proposta. As atividades econômicas foram divididas em quatro “ondas” (verde – serviços essenciais; branca – baixo risco; amarela – médio risco; vermelha – alto risco). Confira:
Onda verde (serviços essenciais)
- 1. Agropecuária
- 2. Alimentos
- 3. Bancos e seguros
- 4. Cadeia produtiva e atividades acessórias essenciais
- 5. Construção civil e afins
- 6. Fábrica, energia, extração, produção, siderúrgica e afins
- 7. Saúde
- 8. Telecomunicação, comunicação e imprensa
- 9. Transporte, veículos e Correios
- 10. Tratamento de água, esgoto e resíduos
Onda branca (baixo risco)
- 1. Antiguidades e objetos de arte
- 2. Armas e fogos de artifício
- 3. Artigos esportivos e jogos eletrônicos
- 4. Floriculturas
- 5. Móveis, tecidos e afins
Onda amarela (médio risco)
- 1. Departamento e variedades
- 2. Livros, papelaria, discos e revistas
- 3. Vestuário
Onda vermelha (alto risco)
- 1. Decoração, design e paisagismo
- 2. Duty free
- 3. Formação de condutores
- 4. Hotéis e afins
- 5. Informática e comunicação não essencial
- 6. Jóias e bijuterias
- 7. Salões de beleza e estética
Como funciona
O programa sugere os protocolos a serem adotados pelas prefeituras, empresários e cidadãos. Foram organizadas em orientações básicas (comum a todos os setores) e específicas (quando for necessário para determinado setor).
As orientações básicas são dividas em três dimensões:
- Empregador: regras gerais de funcionamento para qualquer tipo de empresa;
- Trabalhador: regras gerais de postura para trabalhadores;
- Cidadão: regras gerais de postura dos cidadãos.
As orientações específicas estarão disponíveis em duas dimensões:
- Empregador: regras de funcionamento para cada segmento econômico (exemplos: protocolos para óticas, hipermercados, lojas de roupas etc);
- Trabalhador: regras de postura para trabalhadores daquele setor.
* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa