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Estado de Minas MINAS CONSCIENTE

Flexibilização: Duas macrorregiões de MG avançam na reabertura do comércio

Ao todo, 154 cidades chegaram à onda amarela e foram autorizadas a reabrir livrarias, papelarias e lojas de roupas e calçados


postado em 28/05/2020 16:55 / atualizado em 28/05/2020 17:28

Medidas de flexibilização podem abrir as portas do comércio em Minas(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A. Press)
Medidas de flexibilização podem abrir as portas do comércio em Minas (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A. Press)
As macrorregiões de Centro e Leste do Sul avançaram, nessa quarta-feira (27), para a onda amarela, que corresponde à segunda fase do programa de retomada da economia proposto pelo governo do estado, o Minas Consciente. Desse modo, 154 cidades foram autorizadas a reabrir livrarias, papelarias e lojas de roupas e calçados. O programa mineiro visa o retorno gradual e coordenado das atividades comerciais nas cidades durante o período da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

O progresso das duas macrorregiões foi definido em um encontro do Comitê Extraordinário da COVID-19, que se reúne frequentemente para discutir o avanço da doença no território estadual. Neles, são verificados os fatores econômicos, como a geração de empregos por setor, e de Saúde, como o número de leitos disponíveis e a capacidade de atendimento das unidades de saúde em cada localidade. Também foi constatado que a taxa de letalidade do coronavírus no estado, no momento, é de 3,4%, baixa se comparada ao percentual do Brasil (6,3%).

Outra alteração acertada durante a reunião foi o avanço da macrorregião Sul da onda verde para a onda branca. A evolução permite a reabertura de lojas de artigos esportivos e eletrônicos, autoescolas e floriculturas. As macrorregiões Noroeste, Norte e Centro-Sul também seguem na mesma onda, já que a situação dos leitos de UTI está controlada, mesmo após a primeira leva de reaberturas. As demais regiões devem manter os protocolos da onda verde. 

De acordo com o governador Romeu Zema (Novo), o momento ainda é delicado e, por isso, a população deve continuar agindo com cautela, respeitando as medidas de proteção recomendadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

“Até o momento, a situação de Minas Gerais é de segurança, mas vale lembrar que, nos últimos sete dias, tivemos um aumento no número de novos casos confirmados e também de ocupação de leitos de UTI, com 8,5% deles ocupados com doentes por COVID-19. A minha recomendação é que não baixemos a guarda”, alertou. 

“Temos que continuar fazendo tudo que está ao nosso alcance para evitar a disseminação da doença. Mantenham o uso de máscara, o distanciamento de dois metros, as medidas de higienização, porque o coronavírus ainda está no meio de nós e a qualquer momento, se descuidarmos, pode vir um aumento acentuado de contaminação”, completou.

Para o chefe do Executivo estadual, a postura adotada pelo povo mineiro, até o momento, é de comprometimento e, isso, é fundamental para o controle da pandemia em todo o território mineiro, além de regular a liberação de mais áreas incluídas no Minas Consciente.

“O mineiro tem se comportado de forma prudente e adequada. Temos de levar esse trabalho adiante. Vale lembrar que estamos acompanhando toda a ocupação de leitos de UTI nas diferentes regiões do estado, assim como a evolução dos casos. Dessa forma, temos como programar a liberação de novas ondas do programa Minas Consciente ou o recuo, de acordo com os resultados semanais. Vencemos as batalhas até o momento, mas isso não significa que teremos mais facilidade pela frente. A tendência, com base no que observamos em outros países, é que os números possam aumentar”, declarou.

Classificação

O plano Minas Consciente agrega dados econômicos e de saúde pública que resultam em orientação para que as prefeituras possam tomar a decisão “responsável, segura e consciente”, diz a proposta. As atividades econômicas foram divididas em quatro “ondas” (verde – serviços essenciais; branca – baixo risco; amarela – médio risco;  vermelha – alto risco). Confira:
 
Onda verde (serviços essenciais)
  • 1. Agropecuária
  • 2. Alimentos
  • 3. Bancos e seguros
  • 4. Cadeia produtiva e atividades acessórias essenciais
  • 5. Construção civil e afins
  • 6. Fábrica, energia, extração, produção, siderúrgica e afins
  • 7. Saúde
  • 8. Telecomunicação, comunicação e imprensa
  • 9. Transporte, veículos e Correios
  • 10. Tratamento de água, esgoto e resíduos

Onda branca (baixo risco)
  • 1. Antiguidades e objetos de arte
  • 2. Armas e fogos de artifício
  • 3. Artigos esportivos e jogos eletrônicos
  • 4. Floriculturas
  • 5. Móveis, tecidos e afins

Onda amarela (médio risco)
  • 1. Departamento e variedades
  • 2. Livros, papelaria, discos e revistas
  • 3. Vestuário

Onda vermelha (alto risco)
  • 1. Decoração, design e paisagismo
  • 2. Duty free
  • 3. Formação de condutores
  • 4. Hotéis e afins
  • 5. Informática e comunicação não essencial
  • 6. Jóias e bijuterias
  • 7. Salões de beleza e estética

Como funciona 

O programa sugere os protocolos a serem adotados pelas prefeituras, empresários e cidadãos. Foram organizadas em orientações básicas (comum a todos os setores) e específicas (quando for necessário para determinado setor).
 

As orientações básicas são dividas em três dimensões:
  • Empregador: regras gerais de funcionamento para qualquer tipo de empresa;
  • Trabalhador: regras gerais de postura para trabalhadores;
  • Cidadão: regras gerais de postura dos cidadãos.

As orientações específicas estarão disponíveis em duas dimensões:
  • Empregador: regras de funcionamento para cada segmento econômico (exemplos: protocolos para óticas, hipermercados, lojas de roupas etc);
  • Trabalhador: regras de postura para trabalhadores daquele setor.
 
* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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