Jornal Estado de Minas

COVID-19

Governo explica diferença entre dados do InfoGripe e cartórios

 

 

O chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde (SES), João Márcio Silva do Pinho, afirmou que há uma diferença entre os dados do InfoGripe, portal ligado à Fiocruz, e os dados do Portal da Transparência em relação às síndromes respiratórias agudas graves (SRAG). Segundo ele, o Portal da Transparência adota como banco de dados as informações dos cartórios. "Os dados não batem, porque um banco tem diferentes intuitos. Os dos cartório são estáticos e, no sistema de saúde, vão passar por uma investigação", disse

 

A informação foi repassada durante entrevista coletiva remota, nesta sexta-feira (29), que contou com a participação do secretário-adjunto Marcelo Cabral. A diferença, conforme defendeu Pinho, é que os dados do sistema de saúde, que alimentam o InfoGripe, modificam-se, na medida em que os casos são acompanhados. Já os dados de cartórios, referentes às certidões de óbito, são estáticos. 





 

No cartório, o dado registra a causa da morte e não é mais alterado. Já o dado no sistema de saúde acompanha a evolução no estado clínico do paciente, ou seja, um caso suspeito pode passar a caso recuperado, em função do tratamento dado ao paciente.

 

João Pinho citou o exemplo de registro de 1 mil mortes por  SRAG. Ele negou que os óbitos não tenham sido investigados. Segundo, ele as mortes foram tratadas: "700 foram descartadas, outras confirmadas e outras foram para a fila de análise". "Todos os óbitos são verificados", argumentou. 

 

O secretário-adjunto Marcelo Cabral defendeu a quantidade de testes feitos no Estado. Segundo ele, o número é suficiente para implmentação de políticas para o enfrentamento ao novo coronavírus. Ele lembrou que o governo recebeu do Ministério da Saúde 160 mil itens para a montagem dos testes de RT-PCR.

 

O secretário reforçou que o governo não pretende fazer a testagem em massa. A defesa é que os exames sejam feito nos grupos indicados pelo ministério: pacientes graves, profissionais da saúde, pessoas privadas de liberdade.

 

Se os exames fossem estendidos à toda população, o governo poderia não dispor de testes para "momento efetivamente necessário". "A  

política de enfrentamento para o governo não sofreria interferência se houvesse maior ou menor número de teste", argumentou Cabral.