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Estado de Minas COVID-19

Igrejas continuam fechadas durante a pandemia

Apesar da flexibilização autorizada pela PBH, arquidiocese mantém missas virtuais. Apenas Governador Valadares retoma as celebrações presenciais


postado em 30/05/2020 04:00

Missas foram retomadas em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, mas com muitas restrições para evitar contaminação entre os fiéis(foto: DIOCESE DE GV/DIVULGAÇÃO)
Missas foram retomadas em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, mas com muitas restrições para evitar contaminação entre os fiéis (foto: DIOCESE DE GV/DIVULGAÇÃO)


O plano de flexibilização iniciado segunda-feira na capital não interfere nas celebrações católicas. A Arquidiocese de Belo Horizonte informou que ainda não tem data para reabrir as portas das igrejas de 300 paróquias em 28 municípios da cidade e da região metropolitana. Há mais de dois meses, em respeito aos decretos e por determinação do arcebispo metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que também preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estão suspensas missas com a presença de fi- éis, procissões, casamentos e outras cerimônias que gerem aglomeração de pessoas e  possam favorecer a contaminação pelo novo coronavírus. As celebrações vêm sendo transmitidas pelas redes sociais. No próximo dia 11, feriado de Corpus Christi, as missas também ocorrerão sem a presença dos fiéis.

De acordo com a CNBB Leste 2, que engloba os municípios do Espírito Santo e Minas Gerais, apenas a Diocese de Governador Valadares, na Região Leste de Minas, autorizou as missas públicas, o que vem ocorrendo desde 20 de abril, por determinação do bispo, dom Antônio Carlos Félix. A abertura se deu um mês após a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Conforme nota distribuída pelo bispo de Governador Valadares, é vedado, na matriz e nas comunidades, o comparecimento de idosos e pessoas com doença crônica (diabetes, cardiopatia e outras) ou que apresentem sintomas gripais. E mais: os fiéis ficam dispensados da obrigação prevista no direito canônico (cânon 1.247) "de participar presencialmente da missa aos domingos e nos dias de preceito", sendo recomendado "que permaneçam em oração, em casa, acompanhando a missa pelos meios de comunicação (rádio, televisão e internet)".

Além disso, nas celebrações eucarística (missa) e da palavra (culto) estão proibidos o abraço da paz, a oração pai- nosso de mãos dadas e a comunhão na boca. Também foram retirados os recipientes com água benta do alcance dos fiéis. Em Governador Valadares, conforme dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, há 136 casos confirmados de COVID-19 e sete óbitos.

RESTRIÇÕES EM MARIANA

As restrições seguem firmes em Mariana, na Região Central de Minas. Em nota, a arquidiocese, que reúne 79 municípios, informou, diante do número de pessoas contaminada e dos óbitos, que continua valendo a máxima do "fique em casa". Diz a nota: "Devemos tomar consciência de que os transmissores do coronavírus, infelizmente, somos nós mesmos. Não é mosquito nem qualquer inseto, mas nós. Por isso, sem saber, uma pessoa pode contaminar outras pessoas. Mesmo não tendo sintomas da doença e não a desenvolvendo, ele é hospedeiro e transmissor do coronavírus.

Enquanto isso, outras arquidioceses do país já mudam o tom em tempos de pandemia. Diante da flexibilização no isolamento social na capital gaúcha, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, emitiu nota oficial na quarta-feira com orientações sobre a abertura das igrejas, celebração das missas públicas (com presença de fiéis) e cumprimento irrestrito das normas das autoridades de saúde. No momento da comunhão, por exemplo, os padres, presbíteros, diáconos e ministros da eucaristia usam as pinças eucarísticas para distribuir as hóstias, sem necessidade de contato físico entre as pessoas.

Na capital gaúcha, cuja arquidiocese reúne 29 municípios, e agindo de acordo com as normas municipais, o bispo determinou que os fiéis devem obedecer ao distanciamento de dois metros entre as pessoas, o uso obrigatório de máscara e de álcool em gel 70%; distribuição da comunhão somente por um presbítero ou diácono; e, por segurança, que as pessoas do grupo de risco participem das celebrações pela internet.


SAIBA MAIS

Pinças eucarísticas

Para muitos católicos o nome soa bem diferente, mas vai a explicação: as pinças eucarísticas são pinças especiais para o sacerdote entregar a hóstia ao fiel na hora da comunhão sem tocá-las com a mão. Esses objetos fazem parte da liturgia católica há séculos e visam preservar a reverência ao corpo de Cristo em circunstâncias de emergência sanitária. Assim, foram usadas em períodos de pestes e epidemias, garantindo segurança aos devotos. Conforme estudos, há registro do uso das pinças eucarísticas, por exemplo, no século 14, na corte papal de Avignon, na França.


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