Jornal Estado de Minas

SOCORRO NA PANDEMIA

'Deus sabe o quanto preciso': os relatos de quem recebe auxílio de R$ 600

Milhares de pessoas foram às agências da Caixa, neste sábado (30), para receber a segunda parcela do auxílio emergencial, no valor de R$ 600. Em algumas agências da capital, foi grande a procura, mas com mais agilidade no atendimento em comparação ao pagamento da primeira parcela, quando as agências também abriram aos sábados..


 
Na agência da rua Júlio Pereira da Silva, 86, no Bairro Cidade Nova, não havia filas nesta manhã de sábado. Para o pagamento desta segunda parcela do auxílio emergencial, o banco adequou processos, depois das imagens de clientes aglomerados nas portas das agências.
 
A Caixa pagou R$ 76,6 bilhões de auxílio emergencial, somando-se as duas parcelas. No total, 58,6 milhões de pessoas receberam alguma parcela do benefício. Aqui estão as histórias de algumas dessas pessoas.  

A autônoma Raiane de Jesus dos Santos, de 21 anos, veio de Sabará até agência no Centro em Belo Horizonte para sacar a segunda parcela do auxílio emergencial, mas não conseguiu. Como estava sem o código de acesso, voltou para casa sem receber. Mesmo assim, ela considerou que houve uma melhora no serviço prestado pelo banco. "Está bem tranquilo lá dentro. Bem mais tranquilo", afirmou em relação à ida para sacar a primeira parcela. 

A autônoma Elizângela de Oliveira Santos está afastada do trabalho para um tratamento de saúde. Embora tenha que fazer hemodiálise com regularidade, ela fazia bolos para gerar renda para a família, mas com a quarentena, o número de festas reduziu e as encomendas também. 



Na manhã de sábado, ela foi à Caixa receber a primeira parcela do auxílio emergencial. “Só Deus sabe o quanto eu preciso disso. Cheguei a viver de doação. Nunca aconteceu isso na minha vida. Ganhei cesta básica. Os amigos ajudaram. No hospital, onde faço o tratamento, eles me deram um vale gás e cesta básica. Orei tanto por esse auxílio. Foi um benefício vindo do céu”, afirmou.

(foto: Leandro Couri/ EM/D.A Press)

Chefe de família, a faxineira Edileuza Pereira está desempregada. O auxílio emergencial é fundamental neste momento para que possa sustentar as três filhas. “Essa doença chegou. Sem o auxílio, ia ficar difícil. Todo mundo passaria necessidade”, disse. Para o recebimento da primeira parcela do auxílio emergencial ela enfrentou fila, mas para sacar a segunda foi mais tranquilo.




(foto: Leandro Couri/ EM/D.A Press)