Depois de avanço expressivo do novo coronavírus no Vale do Aço, pressionando o sistema de saúde, o alerta vermelho se acende para o Triângulo Mineiro, região onde está a cidade com o segundo maior número de casos confirmados em Minas.
Cidade polo do Triângulo, Uberlândia registrou 147 casos em 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado no domingo (31). No balanço de sábado, foram registrados 733 casos, ou seja, verificou-se crescimento de 20%. Em uma semana, os casos passaram de 559, no boletim de 24 de maio, para 880.
O município é o segundo em Minas com maior número de pessoas doentes, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, com 1.803 casos. Em número de mortos, ocupa a terceira posição, atrás da capital (49) e Juiz de Fora (30).
Em Uberaba, também foi verificado aumento expressivo no número de casos confirmados nas últimas 24 horas, passando de 178 para 194, conforme o boletim de domingo, um crescimento de 9% em relação ao boletim de sábado (30). Há uma semana, eram 132 casos.
Durante a semana, a preocupação das autoridades de saúde se voltou para o Vale do Aço, onde a cidade de Ipatinga registrou 12 vezes mais contaminados do que em abril. Na cidade polo, a ocupação de leitos atingiu 56% em enfermaria e 100% em UTI.
PLANO DE CONTINGÊNCIA NAS MACRORREGIONAIS
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) não informou o número de leitos em enfermarias e em unidades de terapia intensiva na rede hospitalar de Uberlândia. Também não informou se haverá encontro da pasta com gestores do município.
"Em relação às reuniões com os municípios, assim como foi feito no Vale do Aço, a SES está constantemente em contato com as regionais de saúde. Bem como com os gestores municipais para acompanhar de perto a situação de cada município e tomar as medidas mais apropriadas para cada local, dando as orientações necessárias e também sensibilizando aos municípios a aderirem ao programa Minas Consciente, que foi desenvolvido respeitando sempre um sistema de critérios e protocolos sanitários, que garantam a segurança da população", informou em nota.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Uberlândia, mas até o momento não obteve retorno.