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Estado de Minas PROTESTO

Lojistas pedem reabertura da Galeria do Ouvidor: 'Shopping popular pode, por que nós não?'

Comerciantes do local reivindicam inclusão no decreto que permitiu atividades nos shoppings populares, já que oferecem serviços semelhantes


postado em 01/06/2020 10:22 / atualizado em 01/06/2020 15:19

Lojistas da Galeria do Ouvidor se manifestaram, pedindo a reabertura do comércio local(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Lojistas da Galeria do Ouvidor se manifestaram, pedindo a reabertura do comércio local (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Munidos de faixas e cartazes, lojistas da Galeria Ouvidor, tradicional ponto de comércio do Centro de Belo Horizonte, se reuniram para protestar contra a suspensão das atividades no local nesta segunda-feira (1°). A categoria reivindica ser incluída no decreto municipal editado em 22 de maio, que autorizou a reabertura dos chamados segmentos comerciais de baixo risco - incluindo os shoppings populares



A manifestação contou com a presença de 30 pessoas - número máximo recomendado pelas autoridades sanitárias em eventos coletivos. Aglomerações maiores favorecem a propagação da COVID-19


"Esses lojistas representam pelo menos 150, do total de 250 que temos aqui dentro. Nós queremos simplesmente a mesma prerrogativa concedida pela prefeitura aos shoppings populares. Oferecemos os mesmos serviços: salões de beleza, óticas, itens de artesanato. Por que eles podem abrir e nós não?", questiona o síndico da Galeria do Ouvidor, Valter Faustino.




"Nossa estrutura de atendimento é, inclusive, mais robusta e temos condições de cumprir todas as normas de segurança e higiene. A proibição não tem lógica nenhuma", argumenta 

Segundo o dirigente, 15 lojas do centro de compras fecharam desde 20 de março, início do isolamento social em BH. Ele cita ainda significativo volume de demissões de funcionários e atrasos no pagamento dos aluguéis dos estandes - números que ele não soube especificar. "Os proprietários dos imóveis aqui estão tendo que negociar", comenta.

Sobrevivência

Empreendedor do setor de informática, Charles dos Santos descreve a situação de seu negócio como crítica desde a suspensão das atividades da Galeria do Ouvidor, há 73 dias. Ele diz que demitiu a funcionária que mantinha no estabelecimento e teme ter que fechar as portas definitivamente. 

"Para você ter uma ideia, eu estou tendo que rodar em aplicativo de entrega de comida de bicicleta para conseguir arcar com os custos da casa. A situação e está bem complicada", queixa-se.



Os cabeleireiros Charles dos Santos  e Jéssica Marlene são proprietários de salões instalados na galeria. A atividade consta entre as liberadas pela PBH em 22 de maio, mas os salões situados dentro de centros de compras tradicionais não podem receber clientes. Para tentar manter alguma renda, ambos passaram a vender mechas de cabelo (mega hair) na calçada. A aplicação das peças foi suspensa. 

"Estou tentando sobreviver. Conseguir 'algum' pelo menos para pagar o aluguel do meu espaço. Eu acho injusto que, no resto na cidade, haja outras lojas abertas. E eu tenho que manter o meu estabelecimento fechado. Nem dando a fichinha para o atendimento individual, nem usando máscara e álcool, a gente pode atender. E se teimamos, (a PBH) toma o alvará e aplica multa de R$ 6 mil", narra Charles.

"Vou pegar minha cadeira e começar a fazer escova, hidratação, tudo aqui fora, na rua. Tenho que viver, tenho que comer. Os R$ 600 (do auxílio emergencial) que o governo dá não cobrem nada não", ressalta Jéssica.



O que pode funcionar

A primeira fase da reabertura do comércio da capital, iniciada em 25 de maio, liberou o funcionamento de 9.771 empresas e 28.451 Microempreendedores Individuais (MEIs) em Belo Horizonte.

A próxima etapa da flexibilização, inicialmente prevista para esta segunda-feira (1°), foi suspensa, uma vez que prefeitura detectou aumento da velocidade de transmissãodo coronavírus, bem como da ocupação dos leitos hospitalares. 

Novas autorizações de funcionamento do comércio serão reavalizadas até a próxima segunda (8) .Os setores liberados até o momento são os classificados como de baixo risco sanitário, de aglomeração e de permanência de pessoas envolvidas. São eles:
 
  • Comércio varejista de artigos de iluminação;
  • Comércio varejista de artigos de cama, mesa e banho;
  • Utensílios, móveis e equipamentos domésticos, exceto eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo;
  • Tecidos e armarinho;
  • Artigos de tapeçaria, cortinas e persianas;
  • Limpeza e conservação;
  • Artigos de papelaria, livraria e fotográficos;
  • Brinquedos e artigos recreativos;
  • Bicicletas e triciclos, peças e acessórios; 
  • Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
  • Veículos automotores;
  • Peças e acessórios para veículos automotores;
  • Pneumáticos e câmaras-de-ar;
  • Comércio atacadista dos artigos de comércio varejista permitidos na fase 1, a partir de 25 de maio;
  • Cabeleireiros, manicure e pedicure;
  • Centros de comércio popular instituídos a qualquer tempo por operações urbanas visando a inclusão produtiva de camelôs, desde que localizados no Hipercentro ou em Venda Nova.


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