A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida, afirmou nesta terça-feira (2) que a instituição deve adotar "ensino remoto emergencial" para dar sequência ao ano letivo de 2020.
Leia Mais
UFMG capacita profissionais para atender a pacientes com COVID-19Reitora da UFMG: aulas presenciais só serão retomadas com vacinaCoronavírus: UFMG diz que semestre não será canceladoUFMG muda os planos e comprará 500 computadores para emprestar a alunos durante ensino remotoMorre Tomaz Aroldo da Mota Santos, ex-reitor da UFMGCientistas criam protótipo aerossol para neutralizar novo coronavírus no arEm BH, motoqueiro fura blitz, atropela policial e fogeSerraria Souza Pinto vai abrigar moradores de rua durante a pandemia do coronavírusSesc anuncia isenção de mensalidades em seus quatro colégios em Minas
“O ensino remoto emergencial é bem diferente de uma educação a distância. Ele pode ser configurado de várias formas, de maneira emergencial, num contexto em que as atividades presenciais não podem ocorrer. A UFMG tem se preparado um pouco pra isso. As pessoas podem ficar tranquilas, porque não serão prejudicadas”, ressaltou a reitora em live transmitida na página oficial da universidade no Instagram.
A reitora da maior universidade de Minas disse em diversas oportunidades, durante a transmissão, que qualquer medida tomada levará em conta as desigualdades de acesso à internet entre alunos, professores e pesquisadores.
Ela anunciou ainda que um questionário será disponibilizado a docentes e discentes para avaliar qual a real situação da comunidade acadêmica quanto ao acesso à internet. Isso deve acontecer em breve.
"A nossa preocupação é enorme com a questão de acesso e inclusão. Nós sabemos que a desigualdade digital é enorme no nosso país. Tanto a direta, que são aquelas pessoas que não têm acesso algum, quanto à indireta, que são aquelas que tem acesso a algum tipo de dispositivo, mas não é o adequado", afirmou.
Caso a caso
Ainda durante a transmissão ao vivo, Sandra Regina Goulart Almeida ressaltou que entende as diferenças entre as graduações e extensões da UFMG, defendendo que as medidas serão tomadas a partir de debate com a comunidade acadêmica.
Como exemplo, ela citou aqueles que cursam odontologia, graduação na qual as atividades em laboratório são grande parte da grade curricular.
"Temos que agir com responsabilidade, precaução e cautela. Entendo que as pessoas estão ansiosas, porque nunca tivemos que lidar com um problema dessa magnitude. Então, não há respostas prontas. O que estamos fazendo é uma construção conjunta, um diálogo com nossa comunidade”, explicou.
Ela também afirmou que a decisão sobre o planejamento adotado não depende da reitoria da universidade, mas do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).
“Estamos em um momento de planejamento, porque sabemos que o vírus estará conosco por um longo tempo. Precisamos ouvir as autoridades sanitárias, porque esse não é o momento (de retorno das atividades presenciais). Temos que pensar quais as etapas que vamos desenvolver até lá”, completou.