Jornal Estado de Minas

Governo admite aceleração da curva de contágio do coronavírus em Minas

 

 

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que o número de casos de COVID-19 em Minas está aumentando, mas que espera que essa aceleração não represente um descontrole. Ele informou que o R0, taxa que mede a quantidade de transmissão do vírus, aumentou para 1.42,  na semana passada.



 

Essa taxa já esteve proximo de 1 desde o início da transmissão comunitária no Estado. "Isso para nós chamou atenção. No início, lá no início, quando entramos no isolamento social, o R0 esteve entre 3,5 e 4, ele teve uma queda muito grande. Começou a ficar próximo do 1. Quando vai para 1.2 está flutuando, está abaixo de 2. O ideal é que fique entre 1 e 1.2", disse o secretário.

 

 

 

O secretário, que participou de entrevista coletiva remota nesta quarta (03), afirmou ainda que a nova projeção para o pico da COVID-19 no Estado será em meados de julho.

 

Quando o R0 é igual a 1, uma pessoa transmite só para mais uma, não há um crescimento da epidemia. Quando é menor do que 1, uma pessoa transmitir para menos de uma pessoa, a tendência é reduzir a transmissão até não mais ocorrer. Quando é maior do que 2, há uma aceleração grande no contágio. Carlos Amaral lembrou que "se tiver explosão de casos, acima de 2, é impossível ter capacidade assistencial adequada".



 

O chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde (SES), João Márcio Silva do Pinho, afirmou que é preciso intensificar as medidas de isolamento social para que o governo não precise tomar medidas mais rígidas, como o lockdown, que é o fechamento total das atividades. "O governador falou que não é hora de baixar a guarda.  Quando a gente vê  a existência dessa curva de contágio acelerando e existência desses surtos. É importante que se  intensifiquem as medidas de isolamento e de distancianciamento", disse. Ele completou que o governo de Minas não quer recomendar isolamento mais incisivo para a sociedade.