Parte do dinheiro arrecadado na campanha para custear o tratamento do pequeno João Miguel, que sofria de uma doença rara e faleceu em outubro do ano passado, foi doado para a reforma e ampliação do Hospital São Camilo, em Conselheiro Lafaiete, Região Central de Minas Gerais. O montante foi destinado para salvar vidas de pacientes do coronavírus.
O hospital de campanha entrou em funcionamento em maio. A estrutura conta com 50 novos leitos clínicos e 10 unidades intensivas para atender a população da cidade.
O caso do pequeno João Miguel ficou conhecido em todo o país. A história ganhou notoriedade após a prisão de seu pai, em um hotel de luxo na Bahia, acusado de desviar o dinheiro que havia sido arrecadado na campanha para o tratamento do garoto. Ele foi condenado pela 2ª Vara Criminal de Conselheiro Lafaiete, em dezembro de 2019. A pena é de sete anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por estelionato.
A decisão da 1ª Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Conselheiro Lafaiete, veio a partir do pedido da prefeitura do município e também da mãe do garoto, que desejava uma destinação social para os R$ 146 mil. Valor que havia restado do dinheiro arrecadado na campanha e, que estava bloqueado, já que de acordo com o juiz José Aluísio Neves da Silva, teria perdido sua finalidade após a morte do menino.
O magistrado considerou que num momento difícil como este que o país atravessa, é importante que o poder judiciário contribua para minimizar os efeitos devastadores da doença causada pelo novo coronavírus. "A Justiça deve sempre estar ao lado do povo, atendendo a coletividade e buscando compor os conflitos sociais", ressaltou.
O hospital receberá somente pacientes diagnosticados com COVID-19 que necessitarem de internação, vindos de outras unidades de saúde da cidade e região. O atendimento será prestado por uma equipe de cerca de 60 profissionais.
Homenagem
A Associação Beneficente São Camilo, mantenedora do hospital, entregou uma placa ao juiz José Aluísio pelo "apoio incondicional para a concretização das obras de reforma do prédio do hospital."
Sensibilizado com a homenagem, o magistrado fez questão de destacar que a juíza auxiliar Rafaella Amaral de Oliveira e o assessor Álisson Thiago de Assis Campos tiveram papel importante na decisão de destinação da verba para a instituição de saúde, com a finalidade de auxiliar no tratamento dos pacientes da COVID-19.
Sensibilizado com a homenagem, o magistrado fez questão de destacar que a juíza auxiliar Rafaella Amaral de Oliveira e o assessor Álisson Thiago de Assis Campos tiveram papel importante na decisão de destinação da verba para a instituição de saúde, com a finalidade de auxiliar no tratamento dos pacientes da COVID-19.