A circulação de pessoas e véiculos no entorno da Praça da Igreja Nossa Senhora do Rosário, um dos pontos mais movimentados do Bairro Pompeia, Região Leste da capital, era pequena na manhã desta quinta-feira (4).
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O comerciante Carlos Costa, de 68 anos, é proprietário uma loja de artigos eletrônicos na Rua Mario Martins. Ele se diz surpreso com as informações do relatório da PBH sobre as mortes na região, que descreve como pacata desde o início da vigência do decreto de quarentena.
"Aqui, procuramos fazer nossa parte. Limpamos a loja e lavamos o passeio todos os dias com água sanitária, só atendo os clientes do lado de fora, um por vez. Forneço álcool em gel e digo ao meu funcionário para se proteger, opina. Enquadrado no grupo de risco, o microempresário diz que não sai para trabalhar todos os dias. "Hoje, apareci porque preciso receber mercadoria", justifica.
A reportagem verificou a presença de cinco pessoas em situação de rua ao redor da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, por vota das 10h. Todos circulavam sem proteção facial e não pareciam ter acesso a produtos de limpeza e higiene. Nenhum deles quis conversar com os repórteres, nem se deixou fotografar. O Estado de Minas entrou em contato com a prefeitura questionando sobre as providências tomadas para ampará-los, mas ainda não obteve resposta.