O percentual de março, quando foram adotadas as medidas de prevenção, é bem superior ao período pré-pandemia, quando girava em torno de 30% a 40%. No entanto, na semana de 24 a 31 de maio, o isolamento reduziu para 52,67%.
Os dados da primeira semana de junho ainda não estão disponíveis, segundo a SES. As informações foram repassadas durante entrevista coletiva com o secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, e o secretário de governo, Igor Eto.
João Pinho afirmou que o isolamento em Minas está abaixo do ideal. "A grande parte das regiões tem isolamento abaixo da média. E o Estado de Minas tem isolamento abaixo do que seria o interessante para esse momento. Precisamos que as atividades econômicas voltem a funcionar? Sim, mas precisamos ser diligentes. Diminuir nosso contato em sociedade, usar máscaras e amplificar as medidas de higiene", defendeu.
O chefe de gabinete reforçou que, cada vez que diminiu o isolamento, à sociedade fica mais suscetível à doença."O tempo vai passando e nosso isolamento cai. É muito natural, seja porque a gente não consegue ficar tanto tempo em casa sem trabalhar ou em teletrabalho. Há de se reconhecer isso.Nem todos conseguimos trabalhar 100% de casa, nem todos conseguimos período tão prolongado assim. Aos poucos, algumas pessoas foram retomando suas atividades presenciais", disse. João Pinho completou: "Nós, seres humanos, temos limitações psicológicas. Somos seres em sociedade. É muito difícil ficar em períodos muito grandes de isolamento. Junto à tendência de queda temos tendência de propagar ainda mais esse vírus."
MANUTENÇÃO
No entanto, a orientação da Secretaria de Estado de Saúde é pela manutenção do isolamento social. O governo criou o programa Minas Consciente para a retomada das atividades econômicas de forma gradual, no entanto, Marcelo Cabral vem afirmando que não se trata de uma autorização para que a população volte às ruas.
"A orientação é para que as pessoas mantenham as medidas de distanciamento social. Só devem ir às ruas quando necessário. O Minas Consciente não é autorização para que as pessoas saíam às ruas de maneira desorganizada", afirmou Cabral.