No entanto, a equipe de infectologia informou que se começasse a receber pacientes, não poderia ter o evento de inauguração depois.
Por isso, a abertura do hospital foi atrasada para que houvesse a cerimônia, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do governador Ronaldo Caiado (DEM), do prefeito da cidade, Hildo do Candango, e outras autoridades.
Alexandrino afirmou que se um paciente grave precisar da internação, talvez no fim da tarde desta sexta-feira a unidade já tenha condições de recebê-lo. “Pode ser (que abra) até no fim de semana. Nós imaginamos que será segunda-feira. Depois de higienizado e desinfetado, estará em condições de (receber pacientes). Quando vai ser, depende de quando um paciente precisar. Como não é porta aberta, não é demanda espontânea, não vai chegar nenhum paciente aqui de forma aleatória”, explicou.
Unidade não é pronto-socorro
Todos os doentes serão regulados para a unidade pelo sistema de regulação estadual. Ou seja, não é como um pronto-socorro, em que as pessoas vão para buscar o primeiro atendimento.
O paciente chega, por exemplo, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), é avaliado pela equipe médica e se o caso for grave, há o contato com o complexo regulador estadual, que define se será encaminhado para este hospital de campanha de Águas Lindas, ou para outra unidade.
Questionado se o evento, que sujou a unidade atrasando a abertura, havia atrapalhado o atendimento aos pacientes com COVID-19, o secretário de Saúde disse que “por enquanto, não”.
“Porque (no momento) a gente não está com necessidade de internar paciente aqui. Mas a gente vai fazer essa desinfecção da forma mais célere possível, de forma que fique pronto para, a qualquer momento, receber paciente que é regulado”, disse.
Atraso de quase um mês
O hospital está sendo inaugurado com 29 dias de atraso. Ele começou a ser construído em 7 de abril, com a promessa que seria entregue em um mês, sendo 15 para erguer a estrutura e outros 15 para o estado de Goiás (que é quem gere a unidade) equipá-lo.
A estrutura da unidade, sob competência do Ministério da Infraestrutura, está pronta desde 22 de abril, mas questões burocráticas de repasse da gestão federal ao governo de Goiás atrasaram a conclusão da segunda etapa.
O hospital de campanha possui 200 leitos, mas começará com apenas 19 sendo de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando possui apenas essa quantidade de respiradores. O restante ficará como leito de enfermaria, mas todos podem se tornar leito de UTI.