Jornal Estado de Minas

METODOLOGIA

Vale se inspira em Coreia do Sul e Suíça para testagem rápida de funcionários

Como em várias empresas do país, a Vale vem adotando modelo de testagem para funcionários e terceirizados já utilizado na Coreia do Sul e na Suíça para detectar a presença do coronavírus. A metodologia já aprovada pela Organização Mundial de Saúde é baseada nos testes de triagem, que têm a capacidade de descobrir se a pessoa teve ou não contato mais recentemente ou tardiamente com o vírus.




 
 
Inicialmente, a mineradora está aplicando os testes em todos os funcionários que estão em operação nas minas do país. Por enquanto, aqueles que estão em regime home office não estão incluídos no procedimento. A ideia da empresa é afastar imediatamente aqueles que tiverem sido infectados, evitando assim uma contaminação em massa. A metodologia, que tem sido eficiente na Europa, já ocorre em todas as minas, portos e ferrovias da Vale no Brasil. Em Minas, a testagem começou no mês passado.
 
“A ideia do teste rápido é encontrar o vírus dentro da população trabalhadora ou da região onde moram. A partir daí, é orientar os assintomáticos a não fazer a disseminação dentro da população como um todo. E também será útil para as prefeituras e governos, para que possam conseguir saber se o estado pode ter infecção recente e direcionar os investimentos na área da saúde ou na área de orientação e medida de isolamento”, explica o médico Paulo Rogério Gomes, líder de saúde e bem estar da Vale.
 
De acordo com a empresa, as pessoas já sintomáticas já são retiradas do serviço mesmo sem testagem. A partir do checklist diário de saúde, quem tem qualquer sintoma, não pode ir trabalhar.




 
Em relação ao trabalho diário nas mineradoras, a Vale garante que estão sendo feitos vários postos de testes para manter a segurança: “A nossa premissa básica é o distanciamento social e o uso de máscara. Estamos cumprindo isso integralmente. Estamos criando postos de triagem. Os trabalhadores não ficam tão juntos. Esses testes são feitos antes de entrar na área da operação. São feitas com todas as regras de distanciamento. A Vale está fazendo tudo o que é de mais moderno no mundo. Trabalhamos também com contingente mínimo de operações, excluindo pessoas do grupo de risco”, explica o médico.
 
Nas operações, a Vale reduziu o contingente de funcionários. A empresa adotou o sistema remoto desde 16 de março e colocou em prática várias ações para melhorar a segurança, como afastar os trabalhadores com mais de 60 anos, escalonamento de turnos e desinfecção constante dos ambientes e uso de tecnologia para rastreamento por onde os empregados passaram, além de outras medidas de distanciamento social, como aumento da frota de ônibus para reduzir lotação e maior distanciamento nos restaurantes.
 
Em locais onde há preocupação em relação ao crescimento acelerado dos casos de COVID-19, a empresa intensificou a testagem rápida. Paulo Rogério entende que a melhor iniciativa feita pela empresa é a prevenção de doenças entre os funcionários: “Quando se faz testagem em locais onde a curva está muito elevada, a prevalência será muito maior do que numa área como Minas Gerais, que é referência. Temos que trabalhar com os testes antes que o boom aconteça. O segredo é intervir inicialmente e de maneira eficaz, sabendo onde vamos dirigir nossos esforços”.
 

Drive-thru

 
A Vale anunciou que aumentará seu apoio a alguns municípios no processo de testagem. Itabira, no Leste do estado,  ganhará um sistema drive-thru. A intenção é que parte da população possa ser testada com segurança, sem precisar sair do veículo.




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