Jornal Estado de Minas

Coletivo Antifa BH faz ato em defesa da democracia na capital

(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

O Coletivo Antifa BH se reúne na Praça da Bandeira, já Região Sul de BH, em protesto em defesa da democracia e em oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Sem liderança, o ato reúne pessoas de várias idades, mas se destacam os grupos reunidos em torno de clubes de futebol, como Corinthians, Atlético, Cruzeiro e América.




"Racista, Facistas, não passarão", "fora Bolsonaro" e "democracia", reivindicam os manisfestantes. O analista de sistemas Nelson Simabuka, de 38 anos, faz parte do coletivo Antifa 82 e explica que a manifestação não tem lado, " é o povo insatisfeito com o que está acontecendo".

"Nossa questão básica é a democracia. A manifestação é pacífica, mas ficamos receosos quando a infiltrados que possam atrapalhar o ato", disse Nelson.



Um membro do Grêmio Recreativo Resistência Alvinegra que não quis se identificar disse que há quatro meses o movimento vem se apropriando da Praça da Bandeira, local da Zona Sul de BH que antes era palco de manifestações da extrema direita.

" No ato do último domingo a polícia veio com um efetivo bem maior que o necessário. Mas tudo correu bem e hoje eles vieram nos apoiar em número mais adequado", disse manifestantes da Resistência Alvinegra, torcida organizada do Atlético, que ainda chamou a atenção pelo fato das torcidas rivais se unirem por uma causa maior. Nelson Simambuka, da Antifa 82, coletivo de BH ligado à torcida do Corinthians, também lembrou da ligação histórica do clube e do ídolo Sócrates com a luta pela democracia.


De acordo com a Polícia Militar, no momento em que a manifestação deixou a Praça da Bandeira rumo à Praça Sete, havia cerca de  900 pessoas participando do ato. Ao longo do caminho os manifestantes foram saudados por buzinas de carros e também receberam o apoio dos moradores de vários edifícios das avenidas Afonso Pena e Augusto de Lima.

 

Depois que os manifestantes ocuparam a Praça Sete, houve um pequeno tumulto motivado pela presença de um participante acusado de fazer uma live em oposição ao movimento. O opositor se protegeu perto da Polícia Militar e defendeu seu direito de expressar, afirmando que não defendia a esquerda e nem a direita. O homem não quis se identificar e logo saiu do local.



(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)