O Coletivo Antifa BH se reúne na Praça da Bandeira, já Região Sul de BH, em protesto em defesa da democracia e em oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Sem liderança, o ato reúne pessoas de várias idades, mas se destacam os grupos reunidos em torno de clubes de futebol, como Corinthians, Atlético, Cruzeiro e América.
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Um membro do Grêmio Recreativo Resistência Alvinegra que não quis se identificar disse que há quatro meses o movimento vem se apropriando da Praça da Bandeira, local da Zona Sul de BH que antes era palco de manifestações da extrema direita.
" No ato do último domingo a polícia veio com um efetivo bem maior que o necessário. Mas tudo correu bem e hoje eles vieram nos apoiar em número mais adequado", disse manifestantes da Resistência Alvinegra, torcida organizada do Atlético, que ainda chamou a atenção pelo fato das torcidas rivais se unirem por uma causa maior. Nelson Simambuka, da Antifa 82, coletivo de BH ligado à torcida do Corinthians, também lembrou da ligação histórica do clube e do ídolo Sócrates com a luta pela democracia.
De acordo com a Polícia Militar, no momento em que a manifestação deixou a Praça da Bandeira rumo à Praça Sete, havia cerca de 900 pessoas participando do ato. Ao longo do caminho os manifestantes foram saudados por buzinas de carros e também receberam o apoio dos moradores de vários edifícios das avenidas Afonso Pena e Augusto de Lima.
Depois que os manifestantes ocuparam a Praça Sete, houve um pequeno tumulto motivado pela presença de um participante acusado de fazer uma live em oposição ao movimento. O opositor se protegeu perto da Polícia Militar e defendeu seu direito de expressar, afirmando que não defendia a esquerda e nem a direita. O homem não quis se identificar e logo saiu do local.