Intelectuais, profissionais liberais, estudantes e líderes de movimentos sociais estiveram presentes na manifestação antirracista deste domingo, em Belo Horizonte. Após um ato na Praça Sete, os manifestantes caminharam rumo à Praça da Liberdade, onde fizeram ato em frente ao prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
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Após experiência como telemarketing, ela trabalha como vendedora de loja instalada em um cruzeiro marítimo.
O advogado Gilberto Silva, de 41, foi outro que presenciou o ato para mostrar sua indignação contra o preconceito racial na sociedade. Participante do movimento belo-horizontino desde 2013, ele afirma que a causa é para que os negros tenham representatividade no Brasil.
"Trabalhamos hoje com a comissão de promoção de igualdade racial da OAB, idealizando em Minas um projeto para mostrar o cartão vermelho para o racismo. Sempre lutaremos por políticas públicas de igualdade, contra o racismo, para que mude a legislação para colocarmos fim à injúria racial. Precisamos de leis mais severas para descontruirmos o preconceito. Não temos a mentalidade de um estado autoritário para punir, mas, com esse resquício da escravidão, a punição é um grande instrumento para desconstruir o racismo", afirma o advogado.
Para ele, o Brasil carece de lideranças negras para lutar pelas causas de igualdade: "A maior dificildade é termos pessoas nos espaços de poder no legislativo e no executivo para abraçar essa pauta como uma questão política. Estamos cansados de pessoas que prometem avanços, mas fazem apenas atos políticos".
Ele pede também a inclusão de negros nas forças de segurança do país: "Faltam representantes não somente no poder legislativo, mas também no judiciário, na segurança pública. Precisamos mais de oficiais e delegados negros. As instituições precisam mudar essa estrutura".