"Nos últimos tempos, muito se falou da assistência às vítimas. Mas houve bloqueio de bens de R$ 100 milhões que atingiu todo patrimônio da Backer." Foi o que disse um dos advogados da Backer, Fernando Drummond, na tarde desta quarta-feira (10). Após receber o relatório do inquérito policial que indiciou 11 pessoas por lesão corporal, homicídio e intoxicação no caso de contaminação de cervejas da marca mineira Backer, os advogados da cervejaria concederam entrevista coletiva à imprensa.
Em 9 de março, a Justiça aceitou o recurso da cervejaria Backer e reduziu de R$ 100 milhões para R$ 5 milhões. Posteriormente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aumentou o bloqueio de bens da cervejaria Backer para R$ 50 milhões.
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Ainda de acordo com o advogado, a empresa pediu autorização para venda de produtos certificados aptos para serem vendidos. "A empresa recebeu a proposta e, antes de o juiz se pronunciar, a Backer adiantou, mediante empréstimo, R$ 200 mil e fez o depósito em juízo."
Assista à coletiva da Polícia Civil na íntegra
Os familiares cobram posicionamento
Nessa terça-feira, vítimas e familiares de pessoas intoxicadas pelo dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em cervejas da Backer, publicaram uma nota sobre a conclusão do inquérito da Polícia Civil, que investigou o caso. No texto, eles reforçam que as famílias “continuam desamparadas, sem qualquer auxílio ou apoio da cervejaria Backer”.
O indiciamento
A Polícia Civil de Minas Gerais constatou que um vazamento em um tanque provocou a contaminação das cervejas por mono e dietilenoglicol, substâncias tóxicas usadas no resfriamento do produto, contrariando as instruções do próprio fabricante do equipamento.
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''Conclusão do inquérito não condiz com as provas da própria polícia'', diz advogado da BackerIntoxicação dolosa: sócios da Backer se livram da acusação de sete homicídios Caso Backer: 'Tinham que ser todos presos', diz vítima sobre investigaçãoCaso Backer: saiba como a polícia detectou causa de contaminação de cervejaCaso Backer: depois de quase 6 meses no hospital, vítima diz que nunca foi procurada pela cervejariaVítima grave do caso Backer receberá alta nesta segunda-feiraTJMG movimenta quase 13 milhões de processos durante trabalho remotoBacker defende retomada das atividades para continuar sendo 'referência em cerveja no país'A Polícia Civil não divulgou os nomes dos indiciados. Isso porque, segundo a assessoria de imprensa da corporação, configura abuso de autoridade.
Entretanto, a polícia informou tratar-se de uma testemunha que mentiu; o chefe da manutenção, por omissão; seis responsáveis técnicos, por homicídio culposo, lesão corporal culposa e por agirem com culpa na contaminação; e, por fim, três gestores da Backer indiciados por atos na pós-produção.