Diante do aumento do número de casos confirmados e mortes por COVID-19 em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Governo de Minas recuou na classificação da macrorregião de saúde Centro. Cerca de 100 cidades, incluindo a capital, voltaram para a onda branca do plano Minas Consciente, de flexibilização das atividades econômicas.
Os protocolos sanitários que propõem a reabertura são diferentes nas quatro fases: na onda verde, só podem funcionar somente os serviços essenciais e, depois os setores são indicados progressivamente nas ondas branca, amarela e vermelha. Minas tem 18.448 casos confirmados e 431 óbitos, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde divulgado nesta quinta (11). Belo Horizonte em 2.853 casos e 66 mortes, Contagem 504 casos e 19 mortes; Betim 314 casos e 15 mortes.
Com a mudança, as 101 cidades foram orientadas a manterem fechados estabelecimentos como
papelarias,
salões de beleza e
lojas de roupas. Podem continuar funcionando os serviços essenciais e as atividades autorizadas na onda branca, como autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas.
As prefeituras não são obrigadas a aderirem ao Minas Consciente. Belo Horizonte, por exemplo, optou por não seguir as orientações do governo do Estado. A decisão de recuar foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, nesta quarta-feira (10/6), em função do aumento do número de casos na localidade e da alta ocupação da rede hospitalar.
“Minas Gerais, até o momento, tem combatido de forma adequada a pandemia, mas nos últimos dez dias o número de casos subiu mais que o esperado, e isso tem nos preocupado", afirmou o governador Romeu Zema.
Apesar do programa Minas Consicente de abertura, o governo recomenda a manutenção do isolamento social. "E quando não for possível adotar o isolamento, que adotemos as medidas preventivas, como distanciamento, uso de máscara de proteção e higienização dos locais onde as pessoas tocam, para manter a pandemia sob controle. Ela está longe de ter sido vencida”, completou.