Com o ritmo acelerado da disseminação do novo coronavírus, muita coisa tem se mostrado um desafio em particular. É o que acontece para quem precisa de sangue. Neste domingo, 14, é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, no momento em que os estoques estão reduzidos, especialmente por causa da pandemia. "Nesse contexto da pandemia da COVID-19, é preciso intensificar as ações de conscientização para a garantia do estoque de sangue e hemocomponentes da Fundação Hemominas que, neste momento, tem enfrentado baixa de reserva", comenta Márcia Kanadani, médica e referência técnica da agência transfusional do Risoleta Toelntino Neves, hospital que promove durante todo esse mês ações específicas em função da data - a campanha nomeada Junho Vermelho.
Na instituição, a agência transfusional responde pela captação de doadores e a gestão do estoque. Mais de 600 bolsas de sangue nos serviços de assistência são utilizadas por mês. Faz-se importante pontuar que a necessidade por sangue continua alta também para o atendimento de outros tipos de problemas, como demandas cirúrgicas, de urgência e emergência, entre várias doenças.
Entre as ações internas para reforçar a data e a urgência do tema, estão: iluminação especial como forma de agradecer aos voluntários que ajudam a salvar vidas e um lembrete sobre a importância da doação de sangue; disponibilização de flipchart com dados da doação de sangue próximo ao refeitório do hospital e divulgação nos desktops dos computadores, para ressaltar o tema junto aos trabalhadores; inserção de vídeos sobre doação de sangue nas TVs corporativas instaladas nas recepções do Risoleta, atingindo usuários do hospital; divulgação de filtro personalizado para fotos no Facebook, com foco na população em geral (no link www.facebook.com/profilepicframes, digitar 'Junho Vermelho Risoleta' e selecionar a imagem).
Concebida em 2014 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data dedicada à doação de sangue é uma homenagem ao nascimento do imunologista austríaco Karl Landsteiner (1868-1943), que descobriu o fator Rh e diversas distinções entre os tipos sanguíneos. No Brasil, os serviços relacionados são organizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em que uma hemorrede atua para fornecer sangue e derivados a quem precisa.
Quem está disposto a engrossar essa corrente do bem, pode agendar a doação através do site hemominas.mg.gov.br ou discar 155 (opção 1). Também pode utilizar o smartphone, baixando o aplicativo MG APP (disponível para Android e iOS) e buscando por 'Hemominas'. Importante mencionar, no momento do comparecimento ao posto de coleta, que a doação é em nome do Hospital Risoleta Neves.
Para doar, é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 69 anos de idade (jovens de 16 e 17 anos podem doar na presença de um acompanhante legal e pessoas com mais de 61 anos devem ter realizado pelo menos uma doação antes dos 60 anos), pesar no mínimo 50 quilos, não ter apresentado situações de gripe, febre ou resfriado recentemente, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas horas antes da doação, estar alimentado, dormir bem na noite anterior à doação e não ter sido exposto à situação de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis.