Dois hospitais de campanha em Minas Gerais construídos para abrigar pacientes com a COVID-19 estão desocupados. Tanto a estrutura montada pelo governo estadual no Expominas, em Belo Horizonte, como a da Prefeitura de Ouro Preto, na Região Central, não atenderam nenhum caso de infecção pelo novo coronavírus até esta sexta-feira (12).
O hospital de campanha montado pela Prefeitura de Ouro Preto, com capacidade para 50 leitos, também não atende nenhum paciente com COVID-19 no momento. A estrutura foi inaugurada em 13 de abril, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). De acordo com o boletim da prefeitura desta sexta, dos 104 casos confirmados na cidade, 84 estão em isolamento domiciliar e 18 se recuperaram.
Na quinta-feira (11), em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro pediu que as pessoas entrem nos hospitais de campanha e filmem a situação. “Muita gente vem fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados, ou não. Se os gastos são compatíveis, ou não. Isso nos ajuda”, afirmou. O presidente ainda disse que vai repassar os vídeos para a Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para que analisem a possibilidade de investigação.
Com as obras concluídas em 29 de abril e capacidade de abrigar 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização, o hospital de campanha montado pelo governo estadual no Expominas não abriga nenhum paciente. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirma que a construção antecipa necessidades que podem surgir durante a crise de saúde e “os leitos serão ativados de acordo com a demanda, o que não aconteceu até o momento”.
O texto ainda destaca que o governo ampliou em 30% a capacidade de atendimento intensivo do estado, que totalizaria 2.885 unidades de terapia intensiva (UTI) na rede ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A reportagem questionou à SES por qual motivo a pasta avalia que não foi necessário ativar o hospital de campanha, mas não recebeu resposta. No boletim epidemiológico desta sexta-feira (12), a pasta contabiliza 20.106 casos de infecção por coronavírus e 446 mortes por COVID-19 no estado. A situação da epidemia de Minas é vista como mais controlada do que a de outras regiões.
Ocupação acima de 90% no interior
Mas segundo levantamento do Estado de Minas, com base em dados do boletim epidemiológico da última quinta-feira, em três macrorregiões de saúde do estado a ocupação de leitos de UTI supera os 90%: Jequitinhonha, Vale do Aço e Triângulo do Norte. Essas regiões abrigam juntas 97 cidades e 9,13 milhões de habitantes.
O hospital de campanha montado pela Prefeitura de Ouro Preto, com capacidade para 50 leitos, também não atende nenhum paciente com COVID-19 no momento. A estrutura foi inaugurada em 13 de abril, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). De acordo com o boletim da prefeitura desta sexta, dos 104 casos confirmados na cidade, 84 estão em isolamento domiciliar e 18 se recuperaram.
Na quinta-feira (11), em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro pediu que as pessoas entrem nos hospitais de campanha e filmem a situação. “Muita gente vem fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados, ou não. Se os gastos são compatíveis, ou não. Isso nos ajuda”, afirmou. O presidente ainda disse que vai repassar os vídeos para a Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para que analisem a possibilidade de investigação.
Em São Paulo, dois hospitais de campanha na capital paulista contam com ocupação considerável de pacientes com COVID-19. Segundo o boletim epidemiológico da prefeitura desta sexta, a estrutura montada no Estádio Pacaembu atende 66 pacientes – 61 em leitos de enfermaria e cinco em leitos de estabilização. A capacidade total é de 200 leitos.
Já o hospital de campanha do Anhembi, que tem capacidade de 1.800 leitos de enfermaria e 72 de estabilização briga 341 internados com a doença provocada pelo novo coronavírus. Desse número, 326 estão em leitos comuns e 15 em situação mais grave. Segundo a Prefeitura de São Paulo, 4.365 pessoas que passaram pelos dois hospitais já receberam alta.
*estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Alves