Jornal Estado de Minas

Incêndio atingiu reserva técnica do Museu de História Natural da UFMG

A diretora do museu, Mariana de Oliveira Lacerda, diz que pesquisadores e cientistas vão trabalhar na recuperação do acervo (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)


incêndio no Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) atingiu uma das partes mais importantes do acervo, segundo a diretora pro tempore Mariana de Oliveira Lacerda. O fogo começou no fim da madrugada, segundo o Corpo de Bombeiros



Segundo Mariana, o fogo se concentrou em uma parte do prédio da administração, onde ficam três salas da reserva técnica, que abriga as coleções do museu que não estão em exposição. “São as coleções da paleontologia, da arqueologia, da biologia, alguns acervos de zoologia e da entomologia (estudo dos insetos), explicou nesta manhã após passar pelo local do incêndio.



Um dos seguranças do museu disse ao Corpo de Bombeiros que fez uma ronda por volta das 5h desta segunda-feira e não havia fogo. Meia hora depois, ele ouviu uma das janelas do imóvel estourando e viu as chamas. Os bombeiros foram acionados e iniciaram o combate. Ninguém ficou ferido. 



“Acho que agora é hora de arregaçar as mangas e fazer o que precisa ser feito, entender melhor a situação. O museu tem todas as medidas necessárias para enfrentar esse problema. Todos os pesquisadores e cientistas já estão envolvidos e comprometidos com a próxima etapa que vai ser justamente recuperar e entender qual foi o dano causado”, pontuou. 


Nesta manhã, Mariana também informou à imprensa que o prédio atingido tem monitoramento, detecção de fumaça e teve a fiação trocada em 2013. 

O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG ocupa uma área de 600 metros quadrados no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. No século 19, a área pertencia a uma fazenda. A fazenda foi desapropriada no início do século 20 e adquirida pelo governo do estado. A área foi cedida à UFMG em 1969, quando foi instalado o museu. 



De acordo com a UFMG, o acervo do museu conta com mais de 265 mil itens, entre peças e espécimes científicos preservados e vivos em diversas áreas, da arqueologia à cartografia histórica e arte popular. O museu também abriga o Presépio do Pipiripau, obra do artesão Raimundo Machado que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O presépio fica em um prédio que não foi atingido pelo incêndio.