O incêndio no Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) atingiu uma das partes mais importantes do acervo, segundo a diretora pro tempore Mariana de Oliveira Lacerda. O fogo começou no fim da madrugada, segundo o Corpo de Bombeiros.
Um dos seguranças do museu disse ao Corpo de Bombeiros que fez uma ronda por volta das 5h desta segunda-feira e não havia fogo. Meia hora depois, ele ouviu uma das janelas do imóvel estourando e viu as chamas. Os bombeiros foram acionados e iniciaram o combate. Ninguém ficou ferido.
“Acho que agora é hora de arregaçar as mangas e fazer o que precisa ser feito, entender melhor a situação. O museu tem todas as medidas necessárias para enfrentar esse problema. Todos os pesquisadores e cientistas já estão envolvidos e comprometidos com a próxima etapa que vai ser justamente recuperar e entender qual foi o dano causado”, pontuou.
Nesta manhã, Mariana também informou à imprensa que o prédio atingido tem monitoramento, detecção de fumaça e teve a fiação trocada em 2013.
Nesta manhã, Mariana também informou à imprensa que o prédio atingido tem monitoramento, detecção de fumaça e teve a fiação trocada em 2013.
O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG ocupa uma área de 600 metros quadrados no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. No século 19, a área pertencia a uma fazenda. A fazenda foi desapropriada no início do século 20 e adquirida pelo governo do estado. A área foi cedida à UFMG em 1969, quando foi instalado o museu.
De acordo com a UFMG, o acervo do museu conta com mais de 265 mil itens, entre peças e espécimes científicos preservados e vivos em diversas áreas, da arqueologia à cartografia histórica e arte popular. O museu também abriga o Presépio do Pipiripau, obra do artesão Raimundo Machado que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O presépio fica em um prédio que não foi atingido pelo incêndio.