O aumento da comercialização e, consequentemente, consumo de bebidas alcóolicas durante a pandemia de COVID-19 preocupa autoridades. Por isso, a Sub-Secretaria de Políticas Sobre Drogas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) tem procurado adotar medidas para mitigar o problema, além de mantido contado com entidades da sociedade civil que trabalham com dependentes químicos e também com prevenção.
Por isso, o órgão tem “orientado, acompanhado e monitorado, de forma sistemática, a Rede Complementar de Suporte Social na Atuação ao Dependente Químico.”
Isso se reflete no aumento de busca por ajuda. Conforme a organização Alcoólicos Anônimos (AA), desde maio aumentou o número de reuniões no Brasil, num total de 2.900, com 17,9 mil participantes. Ainda segundo o AA, também cresceram as consultas por e-mail, que passaram de cinco em média por dia para 12,5 diárias.
Para fazer frente a essa realidade, o AA criou reunião nacional diária online, sempre às 20h, que pode ser acessada gratuitamente pelo site www.aa.org.br. Além disso, há salas virtuais acontecendo em várias cidades do Brasil. Os encontros são abertos a todos que buscam apoio no tratamento da dependência do álcool.
Para fazer frente a essa realidade, o AA criou reunião nacional diária online, sempre às 20h, que pode ser acessada gratuitamente pelo site www.aa.org.br. Além disso, há salas virtuais acontecendo em várias cidades do Brasil. Os encontros são abertos a todos que buscam apoio no tratamento da dependência do álcool.
Já o poder público também usado a tecnologia para apoiar os cidadãos em mometo complicado. Além de assegurar a continuidade das atividades de orientação psicossocial desenvolvidas pelo Centro de Referência Estadual em Álcool e Outras Drogas (Cread) pelos telefones (31) 3273-6204 e 3915-462, tem usado a internet para transmissões do “Ao vivo pela vida”, que chamou atenção para a dependência química e para a violência doméstica e alcançou cerca de 400 mil pessoas, segundo a subsecretária Soraya Romina dos Santos.
Prevenção
A partir de sexta-feira, até 26 de junho, será realizada a Semana Estadual de Prevenção às Drogas. “Por conta da pandemia, será desenvolvida em ambientes virtuais, a partir de diferentes estratégias de mobilização e comunicação remotas, tendo como público alvo os adolescentes e jovens”, explicou Soraya.
Entre os dias 22 e 26, serão realizadas cinco lives, sempre das 16h às 17h30. A primeira será voltada a profissionais da área. No dia seguinte, a transmissão abordará a expressão cultural e a prevenção e contará com diversos representantes da área. No dia 24, no mesmo horário, o assunto será esporte e prevenção, com a participação de atletas.
No dia 25, uma das lives vai tratar da espiritualidade como fator de proteção e terá a presença de lideranças jovens de diferentes religiões. A outra, para encerrar as atividades, terá a participação de grupos artísticos. Nos dias 23, 24 e 25, também haverá salas de bate papo com as juventudes sobre a temática.
No dia 25, uma das lives vai tratar da espiritualidade como fator de proteção e terá a presença de lideranças jovens de diferentes religiões. A outra, para encerrar as atividades, terá a participação de grupos artísticos. Nos dias 23, 24 e 25, também haverá salas de bate papo com as juventudes sobre a temática.
Já o presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas de Minas Gerais, Diego Antônio Alves Aguiar, defendeu mudança na legislação que trata de publicidade de bebidas alcoolicas no Brasil. “Nas propagandas sempre aparecem pessoas lindas e felizes consumindo bebidas alcoólicas. As lives de artistas, tão comuns neste momento, também são regadas a álcool, incentivam o uso”, criticou, recebendo apoio da vice-presidenta do Conselho Estadual de Política sobre Drogas, Dilma Abreu Rocha. “O uso de álcool repercute em vários aspectos, como no aumento da violência doméstica”, disse.