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Estado de Minas PANDEMIA

Ocupação das UTIs: Minas tem 11 das 14 regiões no 'vermelho'; BH bate recorde

No domingo (14), Saúde da capital registrou 82% das unidades de terapia intensiva ocupadas por algum paciente. No estado, três regionais não têm mais vagas


postado em 15/06/2020 19:29 / atualizado em 16/06/2020 18:56

 

 

Enquanto boa parte das prefeituras flexibilizam o isolamento social em Minas Gerais, o estado continua caminhando para o caos em seu setor de saúde pública. Números da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que das 14 macrorregiões, 11 estão na chamada zona vermelha da taxa de ocupação dos leitos de UTI.

 

Essa classificação é dada quando 70% ou mais unidades estão ocupadas por algum paciente. Dessas regionais, três não tem sequer uma vaga de terapia intensiva: Vale do Aço, Nordeste e Triângulo do Norte.

 

Enquanto isso, em Belo Horizonte, a Saúde municipal computou a mais alta taxa de ocupação dos leitos para pacientes com COVID-19 em estado grave no domingo: 82%, a primeira vez que a capital ultrapassou a marca de 80% no índice.

 

De acordo com a plataforma da SES, que é atualizada diariamente, Minas tem 72,62% dos seus leitos de UTI ocupados, o que coloca o estado na zona vermelha.

 

Ocupação de leitos é uma das principais preocupações das autoridades. Apesar disso, taxas só crescem em Minas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Ocupação de leitos é uma das principais preocupações das autoridades. Apesar disso, taxas só crescem em Minas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 

 

Além do Vale do Aço, do Triângulo do Norte e do Nordeste mineiro, oito macrorregiões estão em estado crítico quanto ao índice: Sudeste (89% de ocupação), Sul (89%), Oeste (85%), Centro-Sul (86%), Leste do Sul (72%), Leste (92%), Vale do Jequitinhonha (95%) e Noroeste (96%).

 

Nessas três últimas, restam menos que cinco unidades de terapia intensiva.

 

Na contramão, estão as macrorregiões Central (39%), Triângulo do Sul (60%) e Norte (62%), as únicas abaixo da marca dos 70% (zona vermelha).

 

Segundo as informações disponibilizadas pela SES e compiladas pelo Estado de Minas, são 1.477 pessoas hospitalizadas com a COVID-19 no estado. Desse total, 365 ocupam UTIs.

 

BH no vermelho

 

 

A SES computa a menor taxa de ocupação entre as macrorregiões do estado justamente no território onde está a capital mineira.

 

Apesar disso, a Saúde municipal registrou uma taxa de 82% dos leitos de UTI dedicados à COVID-19 em uso no domingo, a maior já atestada desde o início da pandemia: crescimento de oito pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado na sexta (12) com números de quinta (11).

 

Dos 246 leitos de UTI para COVID-19, 202 estavam ocupados no domingo. Restavam apenas 44. No contexto geral, isto é, somando todos os leitos de UTI da cidade, a taxa de ocupação era de 80%.

 

Enfermaria

 

 

 

Também importante para medir a gravidade da pandemia em Minas Gerais, a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria no estado, conforme a SES, está em 72,41%.

 

São 1.112 pacientes com COVID-19 internados nessas unidades, contra 8.796 pacientes diagnosticados com outras doenças.

 

Quanto às macrorregiões, duas não tem mais leitos clínicos disponíveis: Triângulo do Norte e Central.

 

Apesar de Belo Horizonte estar nessa última regional, a prefeitura garante que a cidade tinha apenas 70% de ocupação dos seus leitos de enfermaria no domingo. Considerando as unidades dedicadas ao novo coronavírus, o índice era ainda menor na capital: 63%.

 

Das 14 macrorregiões mineiras, cinco estão na chamada zona vermelha da taxa de ocupação dos leitos clínicos: Norte, Vale do Aço e Leste, além das já citadas Central e Triângulo do Norte.

 

Secretário e hospital de campanha

 

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (15), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral afirmou que o governo pretende ampliar o funcionamento de leitos nos hospitais da rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), como o Eduardo de Menezes e o Júlia Kubitschek.

 

 

 

Quanto ao uso do hospital de campanha montado no Expominas, que ainda permanece inoperante, Amaral disse que a gestão do espaço, inclusive a contratação de pessoal, será feito por uma organização ainda a ser escolhida.

 

A taxa de ocupação de leitos é um índice fundamental para que as autoridades tomam medidas para frear a pandemia, como flexibilizar o comércio ou suspender mais atividades.

 

De acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta segunda (15),Minas Gerais tem 21.728 confirmações de infecção por coronavírus, dos quais 481 evoluíram para óbito. Dos 853 municípios mineiros, 573 (67,1%) registraram oficialmente casos de COVID-19. 

 

Colaborou João Vitor Marques 


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