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Estado de Minas INSTITUTO MÁRIO PENNA

Hospital de BH faz a 1ª cirurgia oncológica cerebral em paciente acordado

Procedimento permite que o médico converse com o paciente, testando comandos de fala, motricidade e raciocínio para evitar sequelas


postado em 16/06/2020 14:06 / atualizado em 16/06/2020 15:30

Durante o procedimento, o paciente é avaliado para atestar que as regiões eloquentes do cérebro não sejam lesadas(foto: Foto: Instituto Mario Penna / Divulgação)
Durante o procedimento, o paciente é avaliado para atestar que as regiões eloquentes do cérebro não sejam lesadas (foto: Foto: Instituto Mario Penna / Divulgação)
Inovação em busca de manter o bem estar do paciente. Assim foi a primeira cirurgia oncológica craniana com o paciente acordado no Instituto Mário Penna. Conhecido como craniotomia acordada, o procedimento é realizado, inicialmente, com o paciente sob sedação profunda para ser submetido à etapa da abertura do crânio. Após isso, a sedação é cessada para que ele seja totalmente despertado e capaz de conversar, atender a comandos e ter as funções de fala, motricidade e raciocínio avaliadas.

Durante todo o procedimento de retirada do tumor, o paciente é avaliado continuamente, de forma que as regiões eloquentes do cérebro (com funções importantes pela fala e pela motricidade) não sejam lesadas pelo procedimento cirúrgico.

Segundo Leonardo Augusto Wendling Henriques, neurocirurgião do Instituto Mário Penna, essa cirurgia é indicada para o tratamento de tumores intracranianos em locais com risco acentuado de sequelas neurológicas. Ele ressalta que é um método avançado de tratamento neurocirúrgico de tumores cerebrais.

Enquanto o paciente está acordado, recebe uma anestesia local para que o médico consiga conduzir a cirurgia e realizar todos os testes que garantam o sucesso do procedimento. Segundo Henriques, a principal vantagem da cirurgia é a remoção de uma área maior do tumor, preservando a função cerebral que é importante para o paciente.

"Essa é uma evolução do tratamento neurocirúrgico oncológico cuja utilização no Hospital Luxemburgo é uma necessidade, pois beneficia o paciente com a diminuição dos riscos de sequelas, tempo de internação e com a possibilidade de um menor grau de retorno do tumor", explique Henriques.
 
O paciente está estável em recuperação após a cirurgia. 


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