Jornal Estado de Minas

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Governo de Minas sobe o tom contra PBH em relação a shoppings populares

O secretário-geral do governo de Minas, Mateus Simões, subiu o tom em relação ao enfrentamento da COVID-19 no trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte. Em entrevista coletiva nesta quarta (17), com a presença do governador Romeu Zema, ele falou que o Hospital de Campanha será aberto se a PBH sinalizar a necessidade de leitos e ainda cobrou a criação de leitos  prometida pelo governo municipal.




  
"Queria chamar atenção para o fato, nos últimos dias, da deterioriação de casos de contágio na região metropolitana. A capital e as cidades da região metropolitna têm os piores índices em termos de contágio. Nas últimas semanas, a curva se agravou", disse.
 
Mateus Simões afirmou que o agravamento se deve à "abertura divorciada do Minas Consciente na capital e no entorno". O secretário acusou a PBH de não assumir o compromisso de criar 1 mil leitos e equipá-los com 7 mil respiradores. "Nada disso foi implantado", afirmou Simões, cujo nome está sendo cotado para disputar as eleições no estado em 2022.
 
Depois da afirmação de Romeu Zema, na terça (16), de que a alegação da sobrecarga da rede em Belo Horizonte se devia a pacientes do interior, Mateus Simões  disse que "a PBH deve dizer se não estiver dando conta para que o estado possa ajudar".




 
Ele destacou que 25% das pessoas com suspeitas ou diagnóstico de COVID-19, na capital, estão internadas na rede Fhemig. Ele apontou "insegurança de autoridades municipais" sobre a capacidade de assistência dos municípios. 

"A abertura dos shoppings populares, há 15 dias, está cobrando seu preço", argumentou. Simões afirmou que o Estado precisa ser informado das necessidades dos municípios quanto a abertura de leitos e o fornecimento de medicamentos. "BH é a capital de todos os mineiros. Precisamos que a prefeitura cumpra com compromissos de abertura de leitos. Se não for capaz, nos sinalize", afirmou. 
 
Disse ainda que o Hospital de Campanha poderá ser "acionado a qualquer momento caso haja saturação dos leitos na cidade".