Um espaço de pouco mais de 30 metros quadrados no 12º andar do Edifício Minas, na Cidade Administrativa de Minas Gerais, no Bairro Serra Verde, na Região Norte de Belo Horizonte, é o centro nervoso do controle da COVID-19 no estado. Lá, pelo menos 22 pessoas das mais diversas formações trabalham quase 24 horas por dia para monitorar a pandemia, sendo que nos fins de semana e feriados a jornada é remota.
“Trata-se de um local de centralização de dados. Temos de ter tudo detalhado, estimativas precisas para nortear a criação de políticas públicas de enfrentamento da pandemia”, afirma Rebeca Brum dos Reis, formada em administração pública e que é gestora de Processos e Projetos do local.
Entre os profissionais há ainda enfermeiros, fonoaudiólogos, famacêuticos, psicólogos, biólogos, químicos, economistas, engenheiros, médicos veterinários, assistentes sociais, profissionais de tecnologia da informação (TI) e demógrafos. Civis e militares. Mineiros e gente de fora do estado. Funcionários da própria SES e de outros órgãos, incluindo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
“Só na elaboração do boletim diário dos números da COVID-19 são sete pessoas”, explica Rebeca, ressaltando que a cada semana ou mesmo dia são inseridas novas valências de acordo com o desenrolar dos acontecimentos, necessitando sempre de mais atenção de cada um dos que ali trabalham.
Além de um sistema próprio, há acesso a outras informações. Os cartórios, por exemplo. Ou o E-SUS, que monitora toda a saúde pública no Brasil. Há também contato direto com o sistema da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que é diferente. Agora, entram ainda dados de farmácias e laboratórios particulares.
Ainda assim, há reclamações sobre o desencontro de números do governo estadual com o das prefeituras. Justamente por isso, quem está na Sala de Situação busca soluções para apresentar um retrato o mais próximo possível da realidade, ainda que seja difícil pela velocidade dos fatos e das próprias características da situação.
“Às vezes, um paciente sai da UTI para o leito clínico, piora e volta para a UTI. Mas só uma parte dessa movimentação é informada. Outras vezes, o médico registra na ficha, mas demora para chegar ao sistema. Tentando resolver isso, criamos uma planilha paralela com todos os dados recebidos. Como os casos aumentaram muito, as 28 Unidades Regionais de Saúde às vezes não dão conta de registrar tudo", conta Rebeca Brum.
Ela completa: "Estamos buscando simplificar ao máximo, mas não é fácil. Nosso desafio é sermos rápidos e precisos, pois são dados extremamente importantes, nos quais as autoridades médicas se baseiam para traçar as ações de enfrentamento da COVID-19”.
A gestora lembra que os dados também norteiam as ações do programa Minas Consciente, que orienta prefeituras sobre abertura ou fechamento de atividades econômicas em cada região.
Ela completa: "Estamos buscando simplificar ao máximo, mas não é fácil. Nosso desafio é sermos rápidos e precisos, pois são dados extremamente importantes, nos quais as autoridades médicas se baseiam para traçar as ações de enfrentamento da COVID-19”.
A gestora lembra que os dados também norteiam as ações do programa Minas Consciente, que orienta prefeituras sobre abertura ou fechamento de atividades econômicas em cada região.
Para todos
Além de abastecer as autoridades, a Sala de Situação é fonte de informações para a população. Para isso, além dos boletins diários, criou o painel da COVID-19, no qual qualquer pessoa tem acesso a dados essenciais, como a ocupação dos leitos de UTI’s em toda Minas Gerais.
A SALA EM NÚMEROS (*)
22 funcionários
13 profissões
20 civis
2 militares
3 cedidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)
3 colaboradores
7 dias por semana de funcionamento
(*) Variável de acordo com circunstâncias