Ex-alunos e ex-funcionários do Colégio Dom Bosco e moradores do distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, enviaram ao prefeito da cidade, Julio Ernesto (PPS), um comunicado denunciando as más condições do imóvel construído no século 18 e tombado pelo estado em 2014.
No texto, os cidadãos do distrito destacam a importância do imóvel, relembram a história deste importante monumento do acervo do patrimônio histórico de Minas Gerais e cobram urgência na adoção de providências para garantir a preservação do colégio.


O comunicado foi encaminhado por e-mail ao prefeito, com cópia para o Ministério Público, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, entre outros órgãos do estado, juntamente com uma série de fotos que mostram a situação atual do patrimônio e que “demonstram as péssimas condições de conservação do imóvel, que, se não restaurado com urgência, poderá ruir, levando consigo anos de história e tradição e causando prejuízos irreparáveis à sociedade”, afirmam.
Nota da Inspetoria São João Bosco
Em nota a Inspetoria São João Bosco, proprietária do Centro Dom Bosco, informou que, "inobstante a ação ajuizada pelo Ministério Público e pelo Estado de Minas Gerais no intuito de tentar retirar da mesma a legítima propriedade que ela detém sobre o imóvel ainda não ter sido finalizada, a Instituição já fez o imprescindível contato com o IEPHA, Órgão Estadual responsável, para que seja autorizada a realização de intervenções no imóvel, de forma a evitar sua deterioração."
Afirmou também, que os danos atuais são resultantes das tempestades atípicas do início desse ano, e de outros fatores decorrentes de atos de terceiros, mas que desde já, tomará medidas para que os problemas não se acentuem.
"A Instituição esclarece, ainda, que tem natureza beneficente e não tem fins lucrativos e, mesmo nesse período de escassos recursos, se empenhará na manutenção do patrimônio."