O governo estadual apresentou uma nova projeção de números de mortes e infectados para o pico da COVID-19 em Minas Gerais. Segundo estimativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o pior dia da pandemia, previsto para o meio de julho, terá cerca de 52 novas mortes e 2.238 novos casos confirmados da doença.
A projeção é que Minas precise de 1.244 UTIs e 3.081 leitos clínicos para conseguir atender a todos os pacientes de COVID-19 no momento do pico.
primeiro caso da doença foi detectado. Foram levados em conta dados relativos à demanda por internações, quantidade de casos e mortes, além da letalidade do vírus em solo mineiro.
Para fazer as previsões, o governo avaliou o histórico da pandemia em Minas Gerais a partir de março, quando o As estimativas, que são as mais recentes feitas pelo governo estadual, datam de 10 de junho e foram publicadas nessa quarta-feira em edição especial do Boletim Epidemiológico e Assistencial COVID-19.
O documento leva os nomes do governador Romeu Zema e do secretário de estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, principais responsáveis pelo combate à pandemia em Minas.
De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela SES na manhã desta quinta-feira, Minas Gerais tem 24.906 casos confirmados de COVID-19, dos quais 570 resultaram em mortes.
Nesta quinta-feira, Zema admitiu que a velocidade de disseminação da COVID-19 aumentou no estado nas últimas semanas e demonstrou preocupação sobre um eventual colapso no sistema de saúde.
"Essa trajetória ascendente não pode continuar como está, caso contrário, em um mês, teremos o estrangulamento total do sistema de saúde", disse. “A situação tem se deteriorado, como os números mostram”, completou.
A preocupação de Zema se deve também à crescente demanda hospitalar em todo o estado. Segundo dados disponibilizados nesta quinta-feira pela SES, as taxas de ocupação de leitos de UTI e clínicos em Minas são 72,17% e 75,33%, respectivamente. Os números consideram internações por todas as enfermidades.
Algumas áreas do estado já não possuem vagas para novos pacientes. As macrorregiões de saúde Vale do Aço, Triângulo do Norte, Leste e Nordeste têm 100% de ocupação nas UTIs, enquanto a Central e, novamente, a Triângulo do Norte não dispõem de leitos clínicos livres.