No momento em que se acende novamente o debate sobre a flexibilização da quarentena, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciará na tarde de hoje se avançará mais um passo na reabertura gradual da economia da cidade. Isso significa que novos setores do comércio poderão ter o sinal verde para voltar a funcionar, depois de mais de três meses sem atividades. Mas, por outro lado, a capital mineira fica em estado de alerta depois de o governador Romeu Zema (Novo) ter afirmado ontem que o próprio Executivo estadual pode tomar medidas mais drásticas para conter o avanço do coronavírus.
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O prefeito da capital chegou a alfinetar o governador mineiro a respeito da política de combate à pandemia: “O programa de Minas é um programa jogado nas costas do prefeito. Quem resolve é o prefeito. Que programa de Minas? Quem resolve é o prefeito... Nós não precisamos de conselho. Precisamos de dinheiro e liderança. Eu não preciso de conselho. Preciso de dinheiro e liderança”.
Vários setores do comércio pressionam a prefeitura a liberar as atividades diante da perda de arrecadação financeira desde o início da pandemia. De acordo com balanço feito pela Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL-BH), o comércio teve prejuízo de 70% com o fechamento das atividades na capital.
O secretário de estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, chegou a elogiar BH por apresentar “bons resultados” durante a pandemia. Ele também disse que “entende e respeita” a decisão de a capital não aderir ao Minas Consciente e garantiu que os prefeitos têm liberdade para tomar as medidas cabíveis.