A pesquisa EPICOVID19-BR, que estima a proporção de casos de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil, realizada pela Universidade Federal de Pelotas em parceria Ibope Inteligência, vai iniciar, a partir deste domingo (21), a terceira etapa de aplicação de testes rápidos e entrevistas em Minas Gerais. A expectativa é de que sejam feitos 33.250 testes rápidos e entrevistas em 133 cidades em todo o país.
O trabalho vai envolver cerca de 2,6 mil pesquisadores, entre 21 e 23 de junho. Em cada cidade serão examinados 250 moradores.
O trabalho vai envolver cerca de 2,6 mil pesquisadores, entre 21 e 23 de junho. Em cada cidade serão examinados 250 moradores.
Segundo as evidências apresentadas na segunda etapa da pesquisa, o avanço do coronavírus acelerou em 83 cidades brasileiras. A proporção de contaminação subiu 53% no período de duas semanas, entre a primeira fase do levantamento (19 e 21 de maio) e a segunda (4 a 5 de junho).
Os dados mais recentes das análises indicam que, a cada diagnóstico confirmado, existem ao redor desse paciente seis casos positivos ainda não confirmados. As estimativas somam mais de 1,7 milhão de pessoas já contaminadas pelo vírus no país, contra o total de 296.305 casos notificados em 120 cidades brasileiras na véspera da etapa anterior.
Na avaliação da epidemiologista e integrante da coordenação do estudo, Mariângela Freitas da Silveira, é fundamental que a população aceite participar da pesquisa: "Em cada cidade, é preciso realizar pelo menos 200 testes, para que se tenha uma estimativa real sobre a dimensão da COVID-19”.
Além disso, o participante da pesquisa terá a oportunidade de realizar o exame gratuitamente e saber o resultado na hora.
Além disso, o participante da pesquisa terá a oportunidade de realizar o exame gratuitamente e saber o resultado na hora.
Pesquisadores identificados
Os responsáveis pelo estudo informam que os pesquisadores estarão devidamente identificados, com o crachá do Ibope Inteligência, e protegidos com Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Antes de saírem às ruas, os profissionais serão testados, e apenas aqueles que tiverem resultado negativo poderão realizar as visitas domiciliares.
Antes de saírem às ruas, os profissionais serão testados, e apenas aqueles que tiverem resultado negativo poderão realizar as visitas domiciliares.
O que é o estudo?
O Estudo de Prevalência da Infecção por COVID-19 no Brasil (EPICOVID19-BR), organizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFP), no Rio Grande do Sul, com financiamento do Ministério da Saúde, é o maior levantamento populacional do mundo a estimar a predominância da doença.
A pesquisa inclui a cidade mais populosa de cada uma das 133 sub-regiões definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o território brasileiro.
A seleção das residências e das pessoas que serão entrevistadas e testadas ocorre por meio de sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base.
A seleção das residências e das pessoas que serão entrevistadas e testadas ocorre por meio de sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base.
Como funciona o exame?
Para o exame, os pesquisadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos.
Enquanto aguarda o resultado, o participante responde a perguntas sobre sintomas da doença nas últimas semanas, busca por assistência médica e rotina em relação às medidas de prevenção e isolamento social.
Caso o resultado seja positivo, os profissionais devem comunicar as autoridades de saúdes do município o quanto antes.
Enquanto aguarda o resultado, o participante responde a perguntas sobre sintomas da doença nas últimas semanas, busca por assistência médica e rotina em relação às medidas de prevenção e isolamento social.
Caso o resultado seja positivo, os profissionais devem comunicar as autoridades de saúdes do município o quanto antes.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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