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Estado de Minas FLEXIBILIZAÇÃO

Kalil ameaça lockdown em BH: 'Se os churrascos continuarem, não teremos problemas em fechar a cidade'

Apesar de ter mantido algumas lojas abertas em BH, prefeito ameaça regredir no plano se não houver colaboração da população


postado em 19/06/2020 14:54 / atualizado em 19/06/2020 18:46

Kalil não descarta voltar fases no plano de retomada do comércio em BH se a população desrespeitar as medidas de isolamento social(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Kalil não descarta voltar fases no plano de retomada do comércio em BH se a população desrespeitar as medidas de isolamento social (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou que vai manter o plano de reabertura de lojas em Belo Horizonte na Fase 2 (veja relação completa no fim da matéria). No entanto, o chefe do Executivo municipal ameaçou regredir a retomada se a população não contribuir com as medidas de prevenção ao novo coronavírus.

“Estamos seguindo uma regra correndo riscos. Gostaria de dizer para a população de BH que isso aqui não quer dizer que não fecharemos. Se a máscara continuar no queixo, se os churrascos continuarem acontecendo, não teremos problemas em fechar a cidade”, disse Kalil.

Desde que a prefeitura liberou o funcionamento de serviços não essenciais, em 25 de maio, Belo Horizonte viu a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dar um salto. O número passou de 40% para 74%. Além disso, a demanda por leitos clínicos para pacientes com COVID-19 também aumentou, de 34% para 62%.

A capital mineira também registrou aumento considerável no número de casos e mortes pela doença. Entre março, quando o primeiro caso foi detectado, e 24 de maio, véspera da reabertura dos primeiros estabelecimentos comerciais não-essenciais, BH tinha registrado 42 óbitos.

Nos 26 dias pós-flexibilização, foram mais 48 vítimas, indo para um total de 90 até esta sexta, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). Na época pré-reabertura, eram 1.434 pacientes infectados. Atualmente são 3.789, de acordo com a pasta estadual.

A prefeitura distinguiu a reabertura do comércio em Belo Horizonte em seis fases. No dia 18 de março, Kalil publicou um decreto autorizando apenas o funcionamento de comércios essenciais, como supermercados, farmácias, entre outros. Já no dia 25 de maio, salões de beleza (exceto clínicas de estética), shoppings populares e comércios varejistas puderam reabrir as portas. A fase mais recente da retomada da economia em BH foi aplicada no dia 8 de junho, quando foi iniciado o retorno de 91,9% dos empregos.

Na semana passada, Kalil decidiu manter a retomada da economia em Belo Horizonte na Fase 2, por causa do aumento no número de pacientes infectados na capital.

Fases de reabertura

A prefeitura distinguiu os possíveis níveis de abertura do comércio em seis etapas. As quatro últimas se referem a cenários em que o estabelecimentos considerados não essenciais podem funcionar:
 
  • Lockdown: nível máximo de fechamento, cogitado caso haja piora expressiva nos indicadores epidemiológicos de BH;
  • Fase 0: cenário implementado em 18 de março, em que apenas comércios essenciais podiam funcionar;
  • Fase 1: cenário implementado em 25 de maio, com reabertura de salões de beleza (exceto clínicas de estética), shoppings populares e comércios varejistas;
  • Fase 2: cenário que se iniciou em 8 de junho;
  • Fase 3: cenário com maior abertura que a etapa anterior. Será implementado caso os índices epidemiológicos e estruturais sejam favoráveis;
  • Fase 4: cenário de reabertura máxima do comércio, que só será implementado caso os índices epidemiológicos e estruturais sejam favoráveis.


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