Jornal Estado de Minas

COVID-19

Secretário de Saúde de BH critica 'politicagem' em meio à pandemia: 'Informações manipuladas'

Após o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD)rebater as críticas do governo de Minas em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o secretário de Saúde da capital, o médico Jackson Pinto Machado, também elevou o tom nesta tarde. Jackson criticou uma suposta manipulação de informações envolvendo sua pasta para fins políticos.



De acordo com o secretário, um deputado, cujo nome não foi citado, fez uma postagem na internet dizendo ter destinado R$ 10 milhões para a saúde em Belo Horizonte. No entanto, ao consultar os valores, Jackson observou que a pasta tinha recebido R$ 220 mil.

“Ontem (quinta-feira) eu recebi um post de um deputado que dizia que tinha destinado R$ 10 milhões para a saúde de BH. Fiquei muito surpreendido porque nosso total é R$ 18 milhões. Consultei e ele destinou R$ 220 mil. Então eu queria saber onde está o resto porque eu vou buscar”, disse o médico.

Assim como Kalil, Jackson também rebateu as críticas do secretário-geral do governo de Minas, Mateus Simões, que reprovou a atitude da Prefeitura de Belo Horizonte de reabrir os shoppings populares. O médico disse que informações estão sendo “manipuladas” durante a pandemia com objetivo de “ganho político”.



“Nosso planejamento é abrir leitos sempre quando for necessário. O SUS é a instituição mais importante do Brasil. As várias esferas do governo sabem o que e como vão fazer. Tudo bem detalhado. Só que de vez em quando aparece um assessor de chefe (Mateus Simões) para falar bobagem . Acho absolutamente lamentável que as informações estejam sendo manipuladas e a pandemia esteja sendo utilizada como ganho político. Todas as diferenças deveriam ter sido deixadas de lado, mas vemos o contrário”, lamentou.

Assistência


Belo Horizonte, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG), tem 90 óbitos causados pelo novo coronavírus. Segundo o secretário de saúde da capital, nenhum paciente que faleceu pela doença ficou desassistido durante a luta pela vida.

“Nenhum dos óbitos aconteceu por falta de atendimento ou negligência. A luta é contra a natureza e não a morte. Mas ninguém ficou sem atendimento nem vai ficar. O SUS é importante, funciona como uma equipe de Fórmula 1. As demais esferas sabem o que devem fazer”, explicou.