Os fiéis aguardam ansiosos pelas primeiras missas de domingo realizadas no período de pandemia do novo coronavírus. Os templos católicos ligados à Arquidiocese Metropolitana de Belo Horizonte já estão autorizados a celebrar liturgias e cerimônias com a presença de fiéis desde quinta-feira, mediante adoção de normas de segurança. Em alguns, a preparação ocorreu a todo vapor durante a semana para as celebrações de hoje. Mas nem todos abrem e os que o fizerem terão que passar antes por inspeção de um comitê.
"Nos organizamos com muita dedicação para receber os fiéis, seguindo as orientações da Arquidiocese de Belo Horizonte. O momento é de prudência, com assembleia de fiéis reduzida durante as missas. O pedido é para que os que pertencem ao grupo de risco permaneçam em suas casas, acompanhando as nossas transmissões pelas redes sociais", disse o padre Ednei Almeida Costa, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma das que prepararam missa para este domingo.
Distanciamento de dois metros entre as pessoas, maior espaçamento entre bancos e cadeiras, obrigatoriedade do uso de máscaras por todos no interior dos templos, disponibilidade de álcool em gel na entrada e saída das igrejas, higienização constante de objetos essenciais às celebrações, dos bancos e de cadeiras, de cada ambiente, são algumas das novas exigências. As celebrações também devem ser mais breves e as igrejas terão público reduzido – com informação sobre o número máximo de fiéis na entrada de cada templo, orienta a arquidiocese.
Na quarta-feira, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e os bispos auxiliares da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol, dom Geovane Luís da Silva e dom Vicente Ferreira, apresentaram documento que traça as orientações e critérios para a retomada das celebrações nos templos em sua área de influência. Mas, segundo as normas, a abertura das 300 paróquias, 700 igrejas e 1.500 comunidades, em 28 municípios, só acontecerá depois de todas serem inspecionadas por um comitê multidisciplinar sobre a capacidade de cada uma de cumprir as exigências e recomendações das autoridades sanitárias. Até ontem, a Arquidiocese não tinha um balanço preliminar de quantas poderão voltar a oferecer cultos presenciais.
O papel fundamental do comitê é avaliar e assessorar párocos e padres com relação à estrutura física, sanitária e de logística. Também auxiliar no dimensionamento da necessidade de equipamentos que garantam o distanciamento necessário, de fluxo e acessos (entradas e saídas por locais separados), e cumprimento de protocolos sanitário e cartilhas de órgãos públicos.
"Não se trata de reabrir portas. Criamos o comitê técnico logístico sanitário, com muitos especialistas e peritos em várias áreas, para assessorar cada padre e paróquia no acompanhamento desse caminho", explicou dom Walmor em coletiva na quarta-feira, em que lembrou que mesmo com os espaços físicos fechados a Igreja continuou realizando suas liturgias e celebrações através de redes sociais e outros meios não presenciais. Os decretos que determinaram fechamento de atividades em Belo Horizonte não incluíram templos. A decisão foi tomada pela própria Igreja, para proteger a vida dos fiéis.
Cada igreja avalia, em consonância com o comitê, sua capacidade de reabertura pública, uma vez que em cada município e comunidade as realidades são diferentes. Em BH, até o fechamento desta edição estavam confirmadas celebrações hoje na Paróquia Sagrada Família, no Bairro Sagrada Família (Região Leste de BH), Paróquia Santíssima Trindade, no Bairro Gutierrez (Região Oeste) e Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Praça da Assembleia, no Bairro de Lourdes (Região Centro-Sul). Os horários devem ser conferidos em cada paróquia.
Proteção
As principais orientações da Arquidiocese Metropolitana de BH
» Distanciamento de dois metros entre as pessoas, com mais espaços entre bancos e cadeiras.
» Obrigatoriedade do uso de máscaras por todos no interior dos templos.
» Disponibilidade de álcool em gel na entrada e saída das igrejas.
» Higienização constante de objetos essenciais às celebrações, dos bancos e cadeiras, de cada ambiente.
» Cartaz na entrada do templo indicando número máximo de fiéis.
» Todos com máscara, inclusive o sacerdote.
» Se possível, colocar um tapete com solução desinfetante.
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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