Jornal Estado de Minas

Vinte tipos diferentes

Polícia estoura comércio 'gourmet' de maconha em São Tomé das Letras

Comércio 'gourmet' de maconha e skunk com 'empreendedorismo' na venda de sementes para plantação da droga. Esse era o negócio de um grupo desmantelado pela Polícia Civil em São Tomé das Letras. Através do setor de inteligência para combate ao tráfico de entorpecentes, a Segunda delegacia do DENARC chegou até o grupo que realizava o comercio de semestes de maconha através do Instagram, como se fosse uma espécie de loja online.


  
A operação foi realizada na última quinta feira (18) quando dois indivíduos de 25 anos foram presos em flagrante na localidade onde era realizado o plantio e processo de secagem e cristalização da planta para comercialização da droga.
 
A quantidade de sementes apreendidas pela polícia seria suficiente para o plantio de dois campos de futebol e a quantidade de plantas o suficiente para produzir de 300 a 4000 kg de maconha prensada. 
 
De acordo com as investigações, um dos suspeitos, natural de São Paulo, já foi condenado pelo Tribunal de Justiça daquele estado a mais de sete anos de reclusão por tráfico de drogas. O comparsa mineiro também já havia sido preso pelo cultivo de cannabis, tendo um processo penal em curso.

Outras duas pessoas também foram encaminhadas à delegacia para prestarem depoimento. Elas residem em uma outra casa no mesmo lote e a polícia investiga se eles também têm envolvimento com a atividade ilícita. 



Produção e comercialização da droga

Segundo as investigações realizadas pela Polícia Civil, a região de São Tomé das Letras possui clima propício para o cultivo da droga. Se aproveitando disso, o grupo plantava mais de 20 tipos diferentes de sementes e produzia um tipo de droga mais puro e elitizado, tendo turistas de todo o brasil como público-alvo. 

A droga era comercializada por preços que variavam de R$ 30 a R$ 100 o grama, totalizando uma média de  R$ 30 mil a R$ 100 mil o quilo. Cada semente para plantio tinha um valor médio de R$ 100. 

A polícia segue com investigação para encontrar possíveis outros envolvidos e entender o sistema de comércio e tráfico deles, que ainda pode contar com a participação de outros grupos com práticas semelhantes.

 
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira