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Estado de Minas PANDEMIA

Leitos em Minas: ocupação cai, mas quadro geral continua no vermelho

Estado tem três macrorregiões sem vagas em suas UTIs. Na enfermaria, são duas regiões sem possibilidade de receber mais pacientes


postado em 22/06/2020 19:52 / atualizado em 22/06/2020 20:02

 

Uma leve melhora, mas ainda com o sinal de alerta ligado. Minas Gerais, conforme levantamento de sua Secretaria de Saúde (SES) divulgado nesta segunda-feira (22), tem 87,7% dos seus leitos de terapia intensiva ocupados. São três macrorregiões – Vale do Aço, Nordeste e Triângulo do Norte – sem vagas para receber pessoas em estado grave.

 

Na comparação com o levantamento de sexta (19), houve uma queda no índice, já que no último dia útil da semana passada 88,4% das UTIs estavam em uso.

 

Das 14 macrorregiões mineiras, apenas três não estão em estado crítico quanto à ocupação de suas UTIs, o chamado estágio vermelho.

 

Ala reservada para pacientes com a COVID-19 no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte: instituição fortalece a oferta de leitos à disposição do estado, em sua unidade de Betim, na Grande BH(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Ala reservada para pacientes com a COVID-19 no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte: instituição fortalece a oferta de leitos à disposição do estado, em sua unidade de Betim, na Grande BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

 

Vale lembrar que a escala é dividida em três cores: a verde (até 49%), a amarela (de 50% a 69%) e a vermelha (a partir de 70%).

 

Só escapam do último nível da classificação as regionais Triângulo do Sul, Norte e Leste do Sul. Em números absolutos, restam apenas 475 vagas na terapia intensiva mineira. 

 

Enfermaria

 

 

 

 

Apesar de ter a situação mais controlada, o quadro também preocupa quanto se analisa a ocupação dos leitos de enfermaria em Minas Gerais. São seis regionais na classificação vermelha, quatro na amarela e quatro na verde.

 

Duas macrorregiões já estão impossibilitadas de oferecer o serviço: Triângulo do Norte e Central. A ocupação geral é de 74,6%.

 

Belo Horizonte

 

 

Enquanto isso, Belo Horizonte registrou, nesta segunda, sua maior taxa de ocupação desses leitos desde o início da pandemia: 84%.

 

Para efeito de comparação, na sexta, quando o Executivo municipal optou por não flexibilizar o comércio na capital, o parâmetro marcava 78%.

 

Apesar da Região Central, para o estado, não computar mais leitos de enfermaria, Belo Horizonte garante que ainda oferece o serviço à população diagnosticada com COVID-19 e/ou com outras doenças.

 

Nesta segunda, a taxa de ocupação relativa a domingo marcava 64% para as unidades dedicadas à COVID-19 e 68% para aquelas voltadas a outras enfermidades.

 

MP de olho

 

 

Com a aceleração da curva da COVID-19 em Minas, projeções apontam que a rede pública hospitalar pode passar por momentos dramáticos antes do esperado.

 

Relatório da Secretaria de Estado da Saúde (SES) aponta que, já nesta quinta-feira (25), pode ocorrer um colapso no sistema de saúde.

 

O documento é ratificado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Defesa da Saúde (CAO) do Ministério Público de Minas Gerais.

 

O promotor Luciano Moreira, do CAO, afirma que entrou em contato com os cerca de 300 procuradores no estado, que atuam na defesa da saúde, para aumentar a fiscalização em relação à adoção das medidas de isolamento social pelas prefeituras.

 

Outra medida adota foi reforçar com hospitais que tiveram leitos habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a necessidade de se cadastrarem junto ao SUS Fácil.

 

Embora tenham recebido os leitos, muitos ainda não os colocaram à disposição da população no programa. "Já estão recebendo pelo leito da COVID-19 e não disponibilizam para a população. É gravíssimo", pontua.


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