O vereador Reginaldo Teixeira, de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso durante uma operação da Polícia Civil, na noite dessa segunda-feira (22). O homem é suspeito de ter envolvimento em ao menos quatro homicídios.
Teixeira, que já foi presidente da Câmara de Vereadores da cidade, também é investigado por envolvimento em outros três crimes. Antes de prestar depoimento, ele negou qualquer envolvimento com o tráfico de drogas e insultou a delegada que investiga o caso. "Esta delegada é doida, se ela quiser ela prova. Eu sou contra o tráfico", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Mas, segundo a Polícia Civil, o vereador é suspeito da autoria de três homicídios e também de envolvimento em outros quatro. De acordo com as investigações, ele se apresentava como policial e usava de informações privilegiadas para repassar a criminosos e para praticar os crimes.
Com as investigações, Teixeira foi preso após ser indiciado por homicídio em um inquérito policial de 2015.
Para Ligia Barbieri Montovani, delegada responsável pelo caso, a motivação dos homicídios está relacionada a outros crimes de queima de arquivo e política. Ela também afirmou que "agora, ele prestará declarações nos demais procedimentos investigatórios".
Durante a operação da Polícia Civil que resultou na prisão do suspeito, também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências de familiares do vereador e outros possíveis envolvidos nos crimes. Foram encontrados mais de R$ 12 mil em dinheiro, R$ 100 mil em cheques, pen drives e outros materiais que serão utilizados nas investigações.
Inicialmente, foi divulgado que Reginaldo Teixeira pertencia ao Partido Trabalhista Cristão (PTC), entretanto, em nota, o representante do partido informou que o vereador não pertence à legenda desde março deste ano, quando se transferiu para o Solidariedade, do qual é o atual presidente.
(Com informações de Aissa Mac)
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina