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Estado de Minas GREVE NO METRÔ

CBTU vai à Justiça para evitar que metrô da capital circule apenas em horário de pico a partir desta quarta-feira

CBTU não entrou em acordo com Sindimetro. Categoria anunciou escala mínima e diz que medida preza pela segurança de usuários e funcionários em meio a pandemia


postado em 23/06/2020 10:12 / atualizado em 23/06/2020 10:50

(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
A partir desta quarta-feira (24), o metrô de Belo Horizonte pode operar em escala reduzida. O motivo da redução da operação, segundo os sindicato que representa a categoria, é preservar empregados e usuários em meio ao aumento de casos da COVID-19 no município. Sem chegar a um acordo com o sindicato dos metroviários, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) acionou a Justiça para tentar barrar a paralisação.

A CBTU afirma que ajuizou, nesta segunda (22), uma ação cautelar que solicita ao Tribunal Regional do Trabalho a garantia de uma escala que minimize os efeitos da paralisação anunciada pelo Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte (SINDIMETRO-MG).

A paralisação está prevista a partir da 0h da próxima quarta-feira (23) e, segundo a categoria, haverá operação apenas nos horários de pico: das 6h às 9h e das 16h30 às 20h.

A CBTU afirma que na tarde desta segunda-feira (22), durante reunião com o Sindimetro, destacou que já vem operando em escala reduzida, das 5h40 às 20h, e que “após tratativas não chegou-se a um consenso, já que o sindicato optou pela manutenção do movimento”, disse em nota.

Já o presidente do Sindimetro, Romeu Machado, disse nesta segunda-feira à reportagem do Estado de Minas, que o motivo da redução da operação é preservar funcionários e usuários do metrô de BH. “Tivemos três casos confirmados na última semana, entre funcionários da área operacional e do administrativo. Tentamos várias vezes articular com a empresa (a Companha Brasileira de Trens Urbanos – CBTU) uma escala de trabalho, mas não houve acordo. Eles só querem acompanhar a demanda”, afirma.

“A população precisa entender que o que queremos fazer é proteger ela e os metroviários. A empresa faz tudo, mas não inibe o principal: a circulação e concentração de pessoas nos trens. A gente sabe que não tem receita para resolver o problema (da proliferação do novo coronavírus), mas o transporte público é vetor da doença”, avalia o sindicalista.

A companhia também afirmou em nota, que desde o surgimento dos primeiros casos da COVID-19 no país, “vem trabalhando em favor da proteção e segurança de seus empregados e dos milhares de usuários que circulam pelo sistema diariamente”. E elencou uma série de medidas adotadas durante a pandemia, entre elas, a operação com trens acoplados e a distribuição de EPIs e insumos de proteção para colaboradores. (Com informações de Gabriel Ronan)

Veja nota da companhia na íntegra: 

A CBTU Belo Horizonte ajuizou, nesta segunda (22/6), ação cautelar que solicita ao Tribunal Regional do Trabalho a garantia de uma escala que minimize os efeitos da paralisação anunciada pelo Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte (SINDIMETRO-MG), com início previsto a partir da 0h da próxima quarta-feira (23/6).

 

Considerando o caráter essencial dos serviços prestados pelo Metrô, bem como o fato de que o sistema já vem operando em escala reduzida, das 5h40 às 20h, a Superintendência promoveu reunião com a diretoria do Sindimetro, na tarde desta segunda (22/6), após tratativas não chegou-se a um consenso, o sindicato optou pela manutenção do movimento.

 

A CBTU-BH reafima que desde o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 no País, a Companhia vem trabalhando em favor da proteção e da segurança de seus empregados e dos milhares de usuários que circulam pelo sistema diariamente. O rol de medidas já implementadas pela CBTU-BH envolve um abrangente conjunto de ações, entre as quais: implementação de programa horário especial com escala reduzida, operação com trens acoplados (que dobram a oferta de lugares e favorecem o distanciamento social), distribuição de EPIs e insumos de proteção para colaboradores, higienização de estações com pulverizadores e produtos químicos específicos para desinfecção, qualificação de empregados próprios e terceirizados, demarcação de piso em estações para evitar aglomeração, revisão de procedimentos para o atendimento a grupos vulneráveis, afastamento de empregados inseridos em grupos de risco, adoção de escalas de revezamento, implantação do trabalho remoto, entre outras iniciativas de proteção ao trabalhador e de enfrentamento à pandemia.

 

Ciente de sua responsabilidade legal para com todos os públicos, desde 21 de março a CBTU-BH vem buscando ajustar suas operações às demandas da cidade. Em 25 de maio, com a publicação do Decreto Municipal que determinou a reabertura gradual do comércio e o retorno escalonado das atividades de milhares de trabalhadores que dependem do transporte sobre trilhos, a necessidade de ampliação da operação do metrô tornou-se evidente para garantir a mobilidade de todos os mineiros.

 

Por ora, a Companhia busca junto ao Tribunal medida cautelar que preserve a operação nos moldes atuais, ou seja, com trens circulando, das 5h40 às 20h, permanecendo em atividade quantos trabalhadores forem necessários para o cumprimento da ordem.

 

A Companhia segue aguardando a manifestação do TRT/MG quanto à medida cautelar interposta.

 

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira 


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