Um golpe, que resultou no desvio de R$ 82 mil da sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em Manhumirim, foi desvendado pela polícia local. A mulher responsável pelo crime era ex-funcionária da instituição.
Leia Mais
Defesa de advogado foragido nega que ele mandou matar colegaSindicato dos médicos de Minas Gerais denuncia falta de sedativos em BHPolícia fecha pontos de jogos de azar em Vespasiano e mais duas cidadesSuspeitos de assaltar supermercado são presos em CaetanópolisHomem rouba carro em Contagem, mas é preso 50 minutos depoisGolpista é preso suspeito de ameaçar e reter cartões de benefícios de indígenas em MGAs investigações, sob o comando do delegado Glaydson de Souza Ferreira, começaram no final de 2019 a partir de denúncia fornecida pelo Ministério Público, que concluiu que a ex-funcionária – que trabalhou na instituição por cerca de 14 anos –, responsável pela área financeira da entidade, teria desviado um total de R$ 82 mil por meio de diversos golpes.
A ex-funcionária transferia valores da conta da APAE diretamente para as contas dela, ou realizava transações entre contas da entidade até que, por fim, depositava as quantias na conta particular.
“Constatamos que toda vez em que havia pagamento de folha salarial, ela destinava um valor a mais para a própria conta, valores estes que se sobressaíam muito, conforme demonstrativos de pagamentos arrecadados nas investigações”, disse o delegado.
De janeiro e agosto de 2017, por exemplo, a ex-funcionária desviou R$ 20 mil provenientes de contas salário, sendo que a investigada recebia R$ 1.500 ao mês.
A mulher alegou à polícia que realizava os saques ilícitos a mando do superior dela à época. Contudo, os levantamentos da polícia indicam que o dinheiro desviado era destinado exclusivamente a gastos pessoais, como estadias em pousadas, viagens, compra de aparelhos eletrodomésticos e pagamento de despesas particulares.
A participação do chefe da suspeita no esquema criminoso não foi descartada, uma vez que foram constatados depósitos de origem suspeita, tendo ele também como destinatário. Ele é investigado também por não compensar adiantamentos salariais aos funcionários da entidade.
Segundo o delegado Gladyson, com a conclusão das investigações o inquérito foi remetido para a Justiça, que autorizou o bloqueio dos valores que foram encontrados nas contas dos suspeitos. A mulher foi indiciada por 84 crimes de peculato e furto, enquanto o chefe está sendo denunciado por oito crimes de peculato e apropriação e peculato culposo.