Baixa demanda de um serviço voltado à população mais vulnerável ao novo coronavírus. A Prefeitura de BH divulgou nesta quarta-feira (24) que apenas dois idosos institucionalizados – aqueles abrigados pelo abrigo público da cidade ou pelas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s) parceiras do Executivo municipal – foram atendidos pelo Serviço de Acolhimento Provisório para Idosos.
A estrutura começou a operar no início de junho na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Venda Nova, na Rua Padre Pedro Pinto.
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A alternativa só serve às pessoas acima de 60 anos institucionalizadas que apresentam sintomas respiratórios leves, sem indicação de internação hospitalar.
A alternativa surgiu justamente para evitar que o vírus se prolifere nos abrigos, sobretudo por se tratar da população mais vulnerável à COVID-19.
Em BH, para efeito de comparação, das 104 pessoas que morreram pela doença, 77 eram idosas: a comorbidade mais comum.
No local, conforme a prefeitura, os acolhidos passam pela testagem da COVID-19 e recebem cuidados médicos, alimentação, enxoval e camas.
Tudo é acompanhado por enfermeiros em tempo integral e médicos por 40 horas semanais.
Ainda de acordo com o Executivo municipal, cada idoso fica na unidade por cerca de 15 dias, o tempo de incubação do novo coronavírus.
O serviço se estende apenas aos idosos que não necessitam de tratamento intensivo. Esses, com quadros clínicos mais graves, devem ser encaminhados ao hospital e serem internados.
O encaminhamento dos idosos para a UPA Venda Nova é feito pelos centros de saúde.
O investimento total gira em torno de R$ 2 milhões, a partir de parceria com o Instituto de Promoção Humana Darcy Ribeiro, responsável pela logística.
Atualmente, BH tem 28 instituições de acolhimento a idosos vinculadas ao Sistema Único de Assistência Social. Dessas, uma é pública e 23 são consideradas ILPI’s parceiras da PBH. São 906 vagas disponíveis, com aproximadamente 80% ocupadas.
Remanejamento
Para instalar o centro de atenção aos idosos, a prefeitura precisou remanejar o Centro Especializado em COVID-19 (Cecovid) Venda Nova, que funcionava no segundo andar da UPA desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Com leitos para abrigar moradores diagnosticados com a doença, o Cecovid foi transferido para o primeiro andar da UPA.
Segundo a PBH, o centro tem fluxo de atendimento separado dos demais serviços da unidade, inclusive do voltado aos idosos, para evitar a proliferação do novo coronavírus.