A sexta-feira desta semana será um dia decisivo para a cidade de Belo Horizonte. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) definirá se a reabertura do comércio dará mais um passo à frente, se ficará estacionada ou até mesmo regredirá para um lockdown (bloqueio total).
Essa decisão não é exclusiva do chefe do Executivo municipal. Ela é adotada em conjunto com o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 e leva em consideração três indicadores principais:
Há, também, outros parâmetros auxiliares que são o índice de isolamento social e a projeção do número de casos segundo cenários de contágio.
Na última sexta (19), Kalil e o comitê foram impedidos de avançar no processo de reabertura por conta dos indicadores desfavoráveis. Com a alta na ocupação dos leitos de UTI e a queda das taxas de isolamento, a tendência é que prefeito ponha um freio nas medidas de flexibilização ou até mesmo regrida para o lockdown.
Como funcionam os indicadores principais?
O número médio de transmissão por infectado (Rt) é calculado a partir da média dos últimos sete dias e também pode estar verde (de 0 a 1), amarelo (entre 1 e 1,2) e vermelho (acima de 1,2).
Como estão os indicadores atualmente
Essa decisão não é exclusiva do chefe do Executivo municipal. Ela é adotada em conjunto com o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 e leva em consideração três indicadores principais:
- Ocupação de leitos de UTI;
- Ocupação de leitos de enfermaria; e
- Número médio de transmissão do coronavírus por infectado (Rt)
Há, também, outros parâmetros auxiliares que são o índice de isolamento social e a projeção do número de casos segundo cenários de contágio.
Na última sexta (19), Kalil e o comitê foram impedidos de avançar no processo de reabertura por conta dos indicadores desfavoráveis. Com a alta na ocupação dos leitos de UTI e a queda das taxas de isolamento, a tendência é que prefeito ponha um freio nas medidas de flexibilização ou até mesmo regrida para o lockdown.
Como funcionam os indicadores principais?
A classificação dos indicadores principais é feita pelas cores verde, amarelo e vermelho. Os parâmetros baseados na ocupação dos leitos de enfermaria e UTI (considerando apenas os destinados a pacientes com COVID-19) são categorizados em nível verde se houver utilização de até 50% das vagas. Caso a ocupação esteja entre 50 e 70%, o nível será amarelo. E acima de 70%, vermelho.
Leia Mais
Zema descarta lockdown em Minas: 'Ainda temos margem de segurança'Kalil não seguirá com abertura das atividades e ameaça lockdown em BH Com chance de lockdown, BH bate recorde de UTIs ocupadas novamenteBH um mês após reabertura: casos, mortes e ocupação de leitos disparamCoronavírus: casos em Pitangui saltam de seis para 76 e provocam fechamento do comércioEstações do MOVE recebem totens de álcool em gel para atender 800 mil passageiros por diaMinas Gerais supera 800 mortes por COVID-19; mais de 1,4 mil casos são confirmados em 24 horasSindicato diz que há quatro casos de COVID-19 no metrô de BH; CBTU não confirmaCoronavírus: TJ faz apelo por audiências virtuais e busca solução para 'questões técnicas' de comarcas do interiorChuveiros, cabos, alicates... casal é preso suspeito de furtar supermercado em BHMinas pode ter umidade do ar na casa dos 20% nesta quinta-feira Homens tentam escapar, mas batem carro em viatura durante fuga e acabam presos em BHAs idas e vindas nos primeiros 100 dias da pandemia em Belo HorizonteCombinando esse três indicadores principais, a Prefeitura de Belo Horizonte chega ao nível de alerta geral, também classificado pelas mesmas três cores.
Os níveis de alerta verde, amarelo ou vermelho podem indicar a possibilidade de avanço para uma próxima fase, a permanência na fase atual ou um retorno a situações mais restritivas.
Como estão os indicadores atualmente
O nível de alerta geral atualmente está em vermelho, em razão da alta ocupação dos leitos de UTI na capital.
Segundo os dados mais recentes já divulgados pela PBH, a taxa ocupação das vagas de UTI já chegou a 84% (vermelho) e a de enfermaria atingiu 70% (no limite do nível amarelo).
A atualização mais recente do número médio de transmissão por infectado (Rt) data da última sexta-feira (19) e estava em 1,13 (amarelo).
Diferentemente dos principais, os dois indicadores auxiliares (índice de isolamento social e projeção no número de casos de COVID-19 segundo cenários de contágio) não são classificados pela mesma gradação de três cores.
O índice de isolamento social mais recente, que se refere a essa terça-feira (23), aponta 48% de permanência das pessoas em casa, segundo dados de operadoras de telefonia disponibilizadas para a PBH.
Baseada no Rt, a última projeção de número de casos de COVID-19 segundo cenários de contágio foi divulgado na última sexta-feira e aponta as seguintes tendências para 17 de agosto:
- Rt 1,13 (cenário atual, no nível amarelo): 15.213 casos
- Rt 1,2 (cenário hipotético, no nível vermelho): 20.927
- Rt 0,9 (cenário hipotético, no nível verde): 7.541
Segundo o boletim epidemiológico divulgado nessa quarta pela PBH, a capital registrou 4.772 casos confirmados de infecção por coronavírus, dos quais 104 resultaram em mortes. São 3.799 pessoas recuperadas da COVID-19, enquanto 869 continuam em acompanhamento.
Fases de reabertura do comércio
A retomada das atividades econômicas em BH está prevista para ser realizada em etapas. Até o momento, já passamos pela Fase de Controle (iniciada em 18 de março, com o início da quarentena), pela Fase 1 da reabertura (iniciada em 25 de maio) e pela Fase 2 (que começou no dia 8 de junho).
A fase de abertura iniciada em maio contemplou salões de beleza, shoppings populares e comerciantes de produtos de iluminação, móveis, armarinhos, papelarias, artigos fotográficos, bicicletas, veículos, entre outros.
Na segunda fase, voltaram a funcionar (alguns com restrições de horário) lojas de artigos esportivos, calçados, joalherias, alimentos para animais, bebidas, instrumentos musicais, decoração, armas e munições, floriculturas, etc.