Uma cratera de 20 metros de circunferência engoliu um Fiat Argo no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. O incidente ocorreu na Rua Gabro, esquina com a Rua Capitão Procópio, na manhã desta quinta-feira (25), após o rompimento de uma adutora da Copasa.
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Ainda de acordo com o tenente, a Defesa Civil isolou cinco casas da Rua Gabro, três do lado direito, mais próximas à cratera, e duas do lado esquerdo. Os moradores não estavam presentes. É possível que a estrutura das residências tenha sido afetada. O passeio em frente a uma delas, situada no número 250, foi totalmente erodido, mas a Defesa Civil, por enquanto, descarta a hipótese de que ela seja arrastada para dentro do buraco.
"Após a remoção do carro e contenção da cratera, a Defesa Civil ainda vai fazer uma avaliação do trecho abalado pela erosão e orientar os moradores. Por enquanto, nosso foco é conter o buraco, garantir a segurança das pessoas e da rede elétrica", explicou o Tenente Bernardo.
Negligência
Moradores da Rua Gabro relatam que o rompimento da adutora que teria causado a cratera foi informado por volta de 21h dessa quarta-feira (24), primeiro à Copasa, que não atendeu a ocorrência. Por volta de 4h desta quinta (25), o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas só compareceu às 9h da manhã, quando o carro já havia sido arrastado pela erosão.
Vídeos e fotos feitos pelos residentes do prédio que fica no número 10 da rua Capitão Procópio, bem próximo do buraco, registram o início do alagamento, ainda na madrugada. Filogômino Júnior, de 55 anos, que mora em um dos apartamentos do edifício, diz que foi ele quem isolou o trecho do acidente com cones. "Esse material é meu. Não tem nada dos bombeiros aí, exceto a fita zebrada", afirma o servidor público.
O morador também diz que ele e os vizinhos chegaram a ser coagidos pela corporação quando tentaram alertar sobre o vazamento. "Disseram que esse problema não era da competência deles e nos intimidaram. Falaram que nós estávamos desacatando os agentes ao insistir que eles viessem. Restringiam-se a nos orientar para chamar a Copasa, o que fizemos várias vezes, mas não adiantou", conta. "Se a Copasa ou os bombeiros tivessem vindo aqui na noite de ontem, quando ligamos, esse acidente que ameaça a segurança de várias pessoas da rua talvez não tivesse acontecido", reclama.
O morador também diz que ele e os vizinhos chegaram a ser coagidos pela corporação quando tentaram alertar sobre o vazamento. "Disseram que esse problema não era da competência deles e nos intimidaram. Falaram que nós estávamos desacatando os agentes ao insistir que eles viessem. Restringiam-se a nos orientar para chamar a Copasa, o que fizemos várias vezes, mas não adiantou", conta. "Se a Copasa ou os bombeiros tivessem vindo aqui na noite de ontem, quando ligamos, esse acidente que ameaça a segurança de várias pessoas da rua talvez não tivesse acontecido", reclama.
Procurada, a Copasa não se manifestou sobre o ocorrido, mas informou que está fazendo uma manutenção emergencial na rede de água na região e que, por esse motivo, o abastecimento dos bairros Floresta e Santa Tereza foi interrompido. A previsão é de que o fornecimento de água retorne gradativamente, no decorrer da noite desta quinta (25)."
Nota do Corpo de Bombeiros
Em nota, o CBMMG alegou que as chamadas recebidas da Rua Gabro via 193 davam conta de apenas um vazamento de água. “Considerando as informações passadas pelo solicitante, o teleatendimento corretamente informou que esse tipo de intervenção deveria ser solicitada junto à COPASA", justifica o texto.Segundo a corporação, mais tarde, quando houve uma nova solicitação informando que a situação havia se agravado e o solo apresentava instabilidade, "o CBMMG imediatamente deslocou viatura para o local e realizou o atendimento de toda a área no que tange ao salvamento e isolamento de risco no local.” A corporação também nega que tenha coagido ou intimidado os autores do chamado.
Alerta da Defesa Civil
Outro comunicado - este, da Defesa Civil -, informa que o órgão fez a vistoria do trecho do acidente, mas não interditou nenhuma casa. "Moradores dos imóveis 250 e 236 foram notificados e orientados a utilizar uma entrada secundaria até a recuperação da área afetada".
* Estagiária sob supervisão do editor Benny Cohen