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Estado de Minas SAÚDE EM CRISE

Ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 bate recorde em BH e dificulta flexibilização

Taxa chegou a 85%, restando apenas 45 unidades de terapia intensiva na cidade. Nesta sexta-feira (26), prefeitura decide se libera ou não parte do comércio que continua suspensa


postado em 25/06/2020 18:05 / atualizado em 25/06/2020 19:47

UTI COVID-19 continua na zona vermelha em BH: 85% dos leitos estão ocupados (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press - 09/03/2020)
UTI COVID-19 continua na zona vermelha em BH: 85% dos leitos estão ocupados (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press - 09/03/2020)

 

Belo Horizonte bateu recorde de ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 nessa quarta-feira (24). Segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta (25), 85% das unidades de terapia intensiva, aquelas dedicadas a pacientes em estado grave da doença, estavam em uso na quarta.

 

O indicador afasta ainda mais a possibilidade de uma nova flexibilização do comércio em Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (26), em nova coletiva de imprensa, os membros do comitê de enfrentamento à pandemia do Executivo municipal vão comunicar a decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD).

 

Vale lembrar que a decisão se baseia em três indicadores: as taxas de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para COVID-19 a transmissibilidade de cada pessoa doente em BH.

 

Esse último parâmetro, ao contrário dos demais, a prefeitura não atualiza diariamente em seus boletins, apenas durante as coletivas de imprensa.

 

Conforme o boletim desta quinta, BH tem 297 unidades de terapia intensiva. São 15 a mais que no levantamento anterior.

 

Ainda assim, a ocupação subiu de 84% para 85%. Na prática, 252 leitos estavam ocupados e 45 disponíveis na quarta.

 

Esse índice coloca a capital na chamada “zona vermelha”. Isso acontece quando o parâmetro ultrapassa a marca dos 70%. A capital mineira está nessa condição desde o último dia 8.

 

Considerando todos os leitos de terapia intensiva em Belo Horizonte, não só aqueles dedicados à pandemia, a ocupação é de 86%. São 848 a serviço de algum paciente e 138 ainda vagos.

 

Enfermarias

 

 

Outro parâmetro fundamental para a tomada da decisão da prefeitura sobre o comércio é a ocupação dos leitos de enfermaria para pacientes infectados ou com suspeita de infecção pelo novo coronavírus.

 

Conforme o balanço desta quinta, com base em números apurados no dia anterior, a taxa é de 69% de ocupação.

 

E a notícia é de um pequeno alívio na comparação com o levantamento de quarta-feira. Isso porque a cidade saiu da zona vermelha e entrou na amarela, uma vez que o índice caiu de 71% para 69%.

 

São 762 leitos clínicos para COVID-19 em BH. Aplicando-se a taxa de 69%, é possível concluir que restam 236 vagas nas enfermarias da cidade, com 526 em uso.

 

No contexto geral, isto é, os leitos de enfermaria para todas as doenças, a taxa de ocupação registrada na quarta é de 71%. São 4.527 unidades, com 3.214 ocupadas e 1313 vagas.

 

Novos leitos

 

Em nota disparada à imprensa nesta quinta-feira (25), a prefeitura informou que abriu 192 leitos para COVID-119 em junho: 77 de terapia intensiva e 115 de enfermaria.

 

Desses, 15 de UTI e 19 de enfermaria entraram em funcionamento na quinta.

 

"O aumento da oferta de unidades para o atendimento de pacientes acompanha o planejamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos hospitais e a evolução dos indicadores epidemiológicos e assistenciais em relação à pandemia", informou o Executivo municipal no texto. 


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