O governo de Minas Gerais oficializou, nesta quinta-feira, a criação de um órgão para monitorar a ocupação de leitos públicos no estado. A ideia é ter, em tempo real, a taxa de ocupação das vagas de UTI. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) apontam que 91% das unidades de terapia intensiva conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) têm pacientes.
Leia Mais
Ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 bate recorde em BH e dificulta flexibilizaçãoAgora é oficial: Hospital de campanha do Expominas já pode funcionarCOVID-19: Prefeitura de Timóteo recebe doação de 10 leitos de UTIUso de máscara: teimosos e relapsos desafiam fiscalização da PM em BHApós aval de vereadores, uso obrigatório de máscaras em BH está a um passo de virar leiLeitos: Minas tem respiro, mas situação continua críticaPelo terceiro dia seguido, BH bate recorde na ocupação das UTIs para COVID-19COVID-19: Ipatinga registra 45% de pessoas que descumprem isolamento“A atuação do escritório pode trazer mudanças na avaliação do quantitativo da ocupação de leitos no estado, aumentando ainda mais a transparência de dados”, explicou Amaral.
Além das regiões com alta taxa de ocupação, os técnicos vão se dedicar, especialmente, aos pacientes internados há mais de 20 dias. A ideia é evitar que pacientes já liberados dos hospitais ainda constem como ocupantes das vagas no SUSFácil, sistema destinado ao monitoramento dos leitos.
Trabalho em rede
Segundo as estatísticas da saúde estadual, as macrorregiões de saúde Vale do Aço, Triângulo do Norte e Leste não têm nenhuma UTI disponível. Com a rastreamento em tempo real da ocupação dos leitos, o objetivo é solucionar, de modo mais ágil, os gargalos locais.
“Caso haja, por exemplo, um estrangulamento na capacidade dessa unidade de saúde, vamos remeter isso para a Subsecretaria de Regulamentação da SES-MG para ajudar a desafogar o local”, comentou David Mello de Jesus, coordenador da Alta Complexidade da Superintendência de Redes de Atenção à Saúde da SES-MG.
O número de testes disponíveis, os óbitos registrados e os equipamentos presentes nas unidades também serão fiscalizados pelo Executivo.